Os erros foram mais fortes que os acertos. Jogando mal, principalmente no primeiro tempo, o Atlético por 1 a 0 perdeu em pleno Joaquim Américo para o São Caetano, que se vingou da derrota na final do campeonato brasileiro do ano passado. A nova derrota ameaça o cargo do técnico Valdyr Espinosa
A tática do São Caetano era inusitada – não havia ala-esquerdo, e Serginho marcava individualmente Dagoberto. Com isso, Alessandro era a melhor opção de ataque, já que atuava livre. Nos primeiros minutos, o lateral atleticano teve duas possibilidades de apoio – numa delas, o Atlético reclamou pênalti em Dagoberto. A primeira chance real aconteceu aos 11 minutos, quando Adriano tocou para Kléber, mas o atacante chutou para fora.
Aos 19 minutos, foi a vez dos paulistas tentarem. Adhemar roubou de Fabiano e cruzou para Wagner, que – na frente de Adriano Basso – cabeceou por cima. A resposta do São Caetano era a prova do maior equilíbrio do jogo. E logo depois o placar foi aberto. Aos 23 minutos, Claudecir foi lançado e apenas desviou de Adriano Basso, marcando o primeiro do Azulão.
O principal problema atleticano era o excesso nos erros de passe. Preto e Kléberson desperdiçavam várias jogadas, e Kléber burilava muito os lances. Além disso, Fabiano e Alessandro eram subaproveitados, fazendo poucas jogadas de linha de fundo. O destaque da partida era o veterano Adãozinho, que comandava o meio-campo do São Caetano e ainda ajudava na marcação.
Valdyr Espinosa alterou sensivelmente o Atlético na volta do segundo tempo, sacando Preto e colocando Alex Mineiro. Alex teve ótima chance aos 3 minutos, escorando cruzamento de Kléberson nas mãos de Sílvio Luiz. Logo depois, Kléber chutou por cima do gol do Azulão. A força ofensiva do Atlético era mais organizada, muito pela boa participação de Alex, que imprimiu rapidez e acerto nos passes. Sílvio Luiz salvou o São Caetano aos 16 minutos, defendendo forte chute de Douglas Silva.
Só que, de tantas chances que teve, o bom domínio atleticano foi se revertendo em uma série de erros de finalização. O nervosismo atrapalhava o Atlético, e a derrota era inevitável – e as vaias para Valdyr Espinosa ainda maiores. “Quem me tira daqui é o presidente”, disse o técnico, que acredita não estar pressionado.