O Atlético sofreu sua quarta derrota no Campeonato Brasileiro ao perder por 2 x 0 para o Figueirense, ontem, no Orlando Scarpelli. O novo tropeço deixa o Furacão em estado de alerta, por ainda não ter vencido em cinco rodadas, o que o mantém na penúltima colocação da tabela – à frente apenas do Avaí.

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Mesmo com o time numa fase ruim, os dirigentes não se manifestaram. O diretor de futebol Alfredo Ibiapina está retornando do Uruguai e não acompanhou o time. Já o gerente de futebol Paulo Rink, que viajou com a delegação, não quis dar entrevistas, alegando que viajou apenas para “cuidar dos jogadores”. Mas no Twitter, Rink desabafou. “Pqp tá f…”, escreveu no microblog.

O revés em Florianópolis foi confirmado ainda no primeiro tempo. Héber, aos 15 minutos, e Juninho, aos 19, que aproveitou o contra-ataque após uma cobrança de falta de Madson, fecharam o placar. Segundo o técnico Adilson Batista, foi uma das piores partidas sob seu comando. “Sem vontade, vibração, sem marcação correta, sonolento, não acompanhando. No meu entender, o pior primeiro tempo dirigindo o time no Brasileiro”, afirmou o treinador.

Não foi apenas o comandante que saiu insatisfeito, a torcida que viajou a Florianópolis para apoiar o time perdeu a paciência e os jogadores deixaram o gramado sob gritos de “time sem vergonha” e de “fora Adilson”, que admite saber que está sob risco.

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Ainda sem vencer, Adilson Batista chega a um momento delicado da tabela. Nos últimos quatro Brasileiros, nenhum treinador passou da quinta rodada no comando do Furacão. Esta saga começou em 2007, com Oswaldo Alvarez – o Vadão; em 2008, teve Ney Franco, que ficou até a segunda rodada; em 2009, foi a vez de Geninho e, no ano passado, Leandro Niehues. Assim, Pezão precisa mais do que nunca mostrar que tem força para fazer esse time reverter o revés inicial, que pode custar muito caro ao clube mais para frente.

Mas o técnico minimiza seu risco e garante que não está pedindo tempo maior para conseguir os resultados. “Isso é com a diretoria.Tenho consciência do que estou fazendo, e é claro que os números não são favoráveis. Não estou aqui pedindo um tempo maior. Sei como funciona o futebol brasileiro”, declarou.
Adilson Batista voltou a repetir que já havia antecipado os problemas que se tornaram reais e ainda mais preocupantes hoje. “As dificuldades vêm aparecendo. São coisas que eu vinha alertando desde que cheguei, que iríamos entrar em um outro campeonato e não dos presos”, disse Adilson, que costuma chamar o Campeonato Paranaense de “competição entre presos”, pela baixa qualidade técnica.

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Ficha Técnica

Figueirense

Wilson; Bruno (Coutinho, 11 do 2.º), João Paulo, Edson Silva e Juninho; Ygor, Pittoni (Túlio, 33 do 2.º), Maicon e Fernandes (Rhayner, 23 do 2.º); Héber e Aloísio
Técnico: Jorginho

Atlético

Márcio; Rômulo, Manoel, Rafael Santos e Paulinho (Robston, no intervalo); Deivid, Marcelo Oliveira, Cléber Santana e Madson; Guerrón (Adaílton, no intervalo) e Nieto (Branquinho, 23 do 2.º)
Técnico: Adilson Batista

Local: Orlando Scarpelli, em Florianópolis
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF)
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Adnilson da Costa Pinheiro (MS)
Gols: Héber, 15, e Juninho, 19 do 1.º
Amarelos: Rhayner e Robston
Público Pagante: 10.067
Público total: 10.315
Renda: R$ 116.515,00