Atlético perde e cai na tabela de classificação

O Atlético deixou escapar uma invencibilidade de dois meses, na Kyocera Arena, ao perder para o Corinthians por 2 a 1, ontem à noite.

A derrota fez o Furacão cair duas posições na tabela e sepultou definitivamente o sonho de voltar à Libertadores.

O Rubro-Negro sufocou o Timão desde o apito inicial. Marcos Aurélio já havia acertado a trave quando, aos sete minutos de jogo, Cristian tabelou com Ferreira e acertou uma bomba no cantinho, sem chances para o goleiro Marcelo.

Voltando a apresentar um futebol insinuante e de muita velocidade, o Furacão dominava a partida. Mas o Corinthians aproveitou um lance de bola parada para chegar ao empate. Rosinei bateu falta junto à lateral direita, Marcos Vinícius se antecipou à zaga e marcou de cabeça.

O gol corintiano não abalou o Rubro-Negro.

Em noite inspirada, Ferreira e Marcos Aurélio davam muito trabalho à retaguarda paulista. Danilo, de cabeça, balançou a rede novamente, mas o gol foi anulado, por impedimento.

O segundo gol atleticano parecia próximo, mas o árbitro Luiz Antônio Silva Santos resolveu dificultar as coisas pro Furacão.

Em diversas oportunidades, o juiz ignorou faltas duras do time paulista, irritando os rubro-negros. Numa delas, Denis Marques foi agarrado no meio-campo e a bola sobrou para Wilson, que por pouco não colocou o Corinthians na frente, chutando pela linha de fundo.

O primeiro tempo terminou com uma blitz do Furacão na área adversária. Cristian, Ferreira e Marcos Aurélio tiveram a chance de marcar, mas por três vezes a bola explodiu na defesa alvinegra.

A expectativa era que o Atlético voltasse com tudo na segunda etapa. Mas o Timão acertou a marcação e passou a ser mais perigoso no ataque. A virada paulista saiu em mais uma jogada de bola parada. O árbitro marcou uma falta duvidosa na direita do ataque alvinegro.

A bola foi levantada na área e Renato, também de cabeça, fez o segundo do Timão.

Atrás no placar, o Rubro-Negro partiu para o tudo ou nada. O técnico Vadão colocou Válber e Paulo Rink nos lugares de Erandir e Denis Marques. Mas em outro lance polêmico, as coisas ficaram complicadas para o Atlético. Michel foi derrubado na área.

O árbitro nada marcou.

O lateral perdeu a cabeça, se envolveu em uma discussão com os zagueiros do Timão, acertou um soco em Marcos Vinícius e foi expulso.

Mesmo com um homem a menos, o Atlético lutou até o fim pelo empate. Marcos Aurélio quase chegou lá, em um chute de primeira, após passe de Paulo Rink.

Mas o placar ficou mesmo em 2 a 1 para o Corinthians. O próximo compromisso rubro-negro é diante do Grêmio, no domingo, novamente na Baixada.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2006
34.a rodada
Gols: Cristian, aos 7?, e Marcos Vinícius, aos 12? do 1.o tempo. Renato, aos 17? do 2.o tempo.
Súmula
Árbitro: Árbitro: Luís Antônio Silva Santos (RJ).
Assistentes: Aristeu Leonardo Tavares (Fifa-RJ) e Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa-RJ).
Cartões amarelos: Jancarlos, William, Paulo Rink, João Leonardo (Atlético), Rafael Fefo, Renato, Paulo Almeida (Corinthians)
Cartão vermelho: Michel (Atlético)
Local: Kyocera Arena, em Curitiba (PR)
Público: 14.680 (12.765 pagantes)
Renda: R$ 251.967,50

ATLÉTICO 1 x 2 CORINTHIANS

Atlético
Cléber: Jancarlos (William), Danilo, João Leonardo e Michel; Erandir (Válber), Alan Bahia, Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio e Denis Marques (Paulo Rink). Técnico: Vadão.

Corinthians
Marcelo; Marinho, Betão e Marcos Vinícius; Fagner, Paulo Almeida, Rafael Fefo, Rosinei (Bruno Octavio) e César; Renato (Rafael Moura) e Wilson. Técnico: Emerson Leão.

Atlético perde um mando e é multado em R$ 11,5 mil

O Atlético foi punido, ontem à noite, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com a perda de um mando de campo e multa de R$ 11,5 mil. O clube foi a julgamento pelo tumulto ocorrido antes do clássico com o Paraná, no último dia 28, na Baixada, vencido pelo Furacão por 4 a 0.

O início da partida contra o Tricolor foi atrasado em três minutos, devido a uma discussão entre torcedores que entraram no gramado com o time rubro-negro, portando bandeiras, e jogadores paranistas. Os atleticanos foram retirados de campo pela Polícia Militar e o incidente foi relatado em súmula pelo árbitro Héber Roberto Lopes.

Denunciado com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o Atlético ficou aliviado com a decisão do STJD.

O clube corria o risco de ser multado em R$ 200 mil e perder até dez mandos.

A punição será cumprida na partida diante do Figueirense, dia 26, pela penúltima rodada do Brasileirão.

O jogo será disputado com portões fechados, em outro estádio de Curitiba.

Atlético e Figueirense se enfrentaram com portões fechados em 2004, cumprindo pena imposta pelo STJD. O jogo foi no Couto Pereira e terminou com o placar de 0 a 0.

O confronto contra o Grêmio, no próximo domingo, será na Kyocera Arena, pois o clube tem um prazo de cinco dias para cumprir a determinação.

A punição não vale para a Copa Sul-Americana.

Só falta a votação na Câmara

Carlos Simon

Uma solução conciliatória deve resolver o impasse que ameaçava a ampliação da Arena. A Prefeitura de Curitiba encaminhou ontem mensagem à Câmara de Vereadores determinando a criação de áreas de zoneamento especial para ordenação de uso e ocupação do solo no entorno dos maiores estádios da capital. A medida, que deve ser votada ainda este ano, permitiria ao Colégio Expoente deixar o terreno adjacente ao estádio do Atlético na data prevista – 31 de dezembro.

O Expoente ameaçava fincar o pé ao lado da Baixada por causa da Lei de Zoneamento Urbano, que não permitia a construção de estabelecimentos comerciais no local em que o colégio constrói sua nova sede – a Rua Pedro Menna Barreto Monclaro, a poucas quadras do estádio.

A mensagem (que equivale a um projeto de lei enviado pelo Executivo) prevê a criação de novas áreas de zoneamento desportivo ao redor da Arena, da Vila Capanema, do Couto Pereira e da Vila Olímpica do Boqueirão. Os estádios deixam de estar inseridos em zonas residenciais e agora podem ser regularizados. ?No caso da Baixada, o espaço com zoneamento especial abrange a nova sede do Expoente?, explica o vereador Mario Celso Cunha, que intermediou a negociação com a Prefeitura.

Para o Coritiba a nova lei também pode ser benéfica no futuro. Atualmente é proibido instalar fundações na Rua Mauá, o que seria necessário para construção do terceiro anel do Couto Pereira.

O Paraná também terá mais facilidade para realizar melhorias na Vila Capanema.

A cidade já contava com outras três áreas esportivas especiais: ao redor do Ginásio do Tarumã, do Pinheirão e do Jockey Clube. As mesmas leis valem para zonas especiais militares (as edificações que formam os quartéis do Boqueirão, do Pinheirinho e o aeroporto do Bacacheri) e educacionais (complexos de edificações da UFPR, PUC e outras universidades).

A mensagem do prefeito Beto Richa deve ser votada em regime de urgência pela Câmara – o que significa que entra na pauta provavelmente em dezembro.

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