Atlético pega Pachuca e precisa vencer

Mais um jogo para entrar para a história. Hoje, às 15h30, na Baixada, o Atlético enfrenta o Pachuca, do México, tentando voltar a uma decisão continental. Finalista da Libertadores em 2005, o Furacão busca agora um lugar na final da Copa Sul-Americana.

Após eliminar Paraná, River Plate (ARG) e Nacional (URU), o Rubro-Negro faz em casa o primeiro duelo contra os mexicanos. A volta está marcada para a semana que vem, no Estádio Hidalgo, em Pachuca. Quem se der melhor pega o vencedor do confronto entre Colo Colo, do Chile, e Toluca, do México.

Para os jogadores rubro-negros, o jogo é mais um passo em busca da realização de um sonho: a conquista do título sul-americano. ?Esperamos que o Atlético esteja em uma tarde muito boa. Temos um sonho muito grande de chegar à final e sermos campeões. Sabemos que não vai ser fácil, porque à frente teremos um time muito forte?, avisa o meia Ferreira.

É a primeira vez na competição que o Atlético abre em casa a disputa por um lugar na fase seguinte. Nas etapas anteriores, o Furacão decidiu na Baixada, após fazer a primeira partida em território inimigo. Como a definição da vaga será no México, vencer com uma boa vantagem é o ideal para o Rubro-Negro.

Mas ninguém no elenco atleticano fala em goleada. ?Temos que pensar em ganhar o jogo, independente do placar.

Se a gente fizer o primeiro gol, os outros podem sair naturalmente?, diz o meia Cristian.

O Atlético conta com o time praticamente completo para buscar o triunfo. Poupados da partida contra o Grêmio, quase todos os titulares estão em plenas condições físicas.

A única dúvida surgiu no treino da manhã de ontem. O zagueiro João Leonardo torceu o tornozelo direito e virou dúvida para o jogo de hoje. ?Acho que foi uma torção leve. Não houve aquele inchaço instantâneo. Então, acredito que ele tem chance de jogar. Vamos esperar o departamento médico?, afirma o técnico Vadão.

Se João não tiver condições de jogo, Vadão estuda várias opções. ?Temos o César, que é da posição mesmo, o Chico, pela esquerda, e o André Rocha, que pode fazer pela direita?, afirma o treinador, indicando que pode improvisar um volante ao lado de Danilo. Outra alternativa é escalar Marcelo Silva no meio e deslocar Erandir para a zaga.

O Atlético também pode ter uma arma secreta no banco de reservas. O atacante Dagoberto, que voltou ao time em grande estilo contra o Grêmio, deve ficar como opção para o segundo tempo.

Velocidade do Pachuca preocupa Vadão

A velocidade do Pachuca é a principal preocupação de Vadão. O técnico atleticano assistiu com o elenco os últimos jogos do time mexicano e apontou a rapidez dos contra-ataques como a maior virtude dos mexicanos.

?O Pachuca é uma equipe muito rápida e técnica, que explora bem o contra-ataque. Não adianta querer, na ansiedade, ganhar de dois ou três, para facilitar. Não existe isso. Nós temos que procurar ganhar de 1 a 0. Se estiver bom o jogo, vamos tentar o segundo, o terceiro…

Mas é muito difícil.

O importante é vencer?, diz o treinador.

Vadão ressalta que o adversário de hoje será diferente dos enfrentados pelo Furacão nas fases anteriores. ?As equipes argentinas e uruguaias fazem muitas faltas, entram mais duro. Eu vi o Pachuca jogando um futebol bonito, alegre, com velocidade e muito técnico. Muda a característica, mas também o torna um adversário mais perigoso?, avisa.

Mas o treinador tem a receita para anular a arma principal dos ?Tuzos?. ?Além de uma boa marcação, temos que minimizar os erros de passe. O adversário só contra-ataca quando o time erra e está desguarnecido. Temos que ter a preocupação com o posicionamento defensivo e errar pouco. Quando não dá para jogar por dentro, temos que explorar as laterais?, avisa.

Os jogadores dizem que entenderam o recado e não vão dar moleza aos mexicanos. ?Já vimos os jogos do Pachuca e sabemos que é uma equipe de toque de bola, que sai rápido no contra-ataque. Temos que ter cuidado. Sabemos da velocidade deles, mas dentro de casa temos que impor nosso ritmo?, garante Michel.

Despedida da Arena

A partida de hoje marca a despedida do Atlético da Baixada nesta temporada. Se chegar à decisão da Sul-Americana, o Rubro-Negro não poderá atuar em seu estádio, já que o regulamento exige capacidade mínima de 40 mil pessoas.

Pelo Brasileirão, o clube perdeu o mando de campo do jogo contra o Figueirense, que será realizado dia 26, na Vila Capanema, com portões fechados.

O adeus à Arena é mais uma motivação para os jogadores.

?Nos dois últimos jogos aqui, nós perdemos.

Como é o último jogo da temporada aqui em casa, é fundamental conquistar essa vitória?, ressalta o goleiro Cléber.

Para encerrar o ano do Caldeirão, a torcida promete mais um espetáculo inesquecível.

O movimento nas bilheterias foi grande durante todo o dia de ontem e até o final da tarde mais de 18.500 ingressos haviam sido vendidos. Sinal que o estádio estará lotado. Faixas, fogos e sinalizadores serão alguns ingredientes da festa, que terá seu ponto alto com mais uma edição do mosaico.

A imagem que será formada no setor Buenos Aires superior segue em segredo.

A idéia é fazer uma surpresa para a galera e os jogadores.

Para os atletas, o torcedor terá participação direta no jogo e a ajuda das arquibancadas será fundamental para o Furacão sair de campo com a vitória. ?Na última partida, contra o Nacional, a torcida veio, nos apoiou o tempo todo, e conseguimos um placar elástico. Com certeza eles virão mais uma vez e vão nos ajudar a fazer mais um grande jogo?, afirma o lateral Michel.

Cambistas presos nas imediações da Baixada

Giselle Ulbrich

A tentativa de um lucro extra, com a revenda de ingressos do jogo entre o Atlético e Pachuca, do México, levou Eliel Golçalves, 39 anos, e Gilson Olmar Fernandes, 31, à delegacia.

Os cambistas foram detidos no início da tarde de ontem por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), nas imediações da Arena da Baixada – onde será realizado o jogo, às 15h30 de hoje – vendendo ingressos que custam R$ 25 na bilheteria (os mais baratos, atrás dos gols) por cerca de R$ 40,00.

A dupla assinou um termo circunstanciado por crime contra a economia, que pode render entre seis meses e dois anos de detenção, além de prestação de serviços à comunidade. Após ouvidos, ambos foram liberados. Eliel possui antecedentes criminais por furto e tráfico de drogas e Gilson por lesão corporal.

Estudante

De acordo com o delegado Miguel Stadler, o Cope deverá atuar mais intensamente em grandes shows e eventos esportivos, fiscalizando a venda de entradas falsificadas, ação de cambistas, apresentação de carteiras de estudantes falsas – para torcedores que as utilizam para conseguir a meia-entrada -, entre outras irregularidades. Hoje, inclusive, a atuação deverá ser reforçada ao redor da Arena, onde os policiais farão uma checagem por amostragem, se as carteiras de estudantes apresentadas batem com os documentos de seu portador.

Se houver indícios de que a carteira de estudante é falsificada, haverá uma checagem da procedência da mesma. Pessoas que estiverem portando carteiras falsas ou de outras pessoas, também podem ser detidas e responder a processo por falsidade ideológica. A pena para a falsificação de uma carteira de uma instituição particular é de um a três anos de detenção e a falsificação de uma carteira de estudante de uma instituição de ensino pública é de um a cinco anos de detenção.

COPA SUL-AMERICANA
semifinal – jogo de ida
Árbitro: Cláudio Martín (ARG)
Assistentes: Darío Garcia e Francisco Rocchio (ARG)
Local: Kyocera Arena, em Curitiba (PR)
Horário: 15h30

ATLÉTICO (BRA) x PACHUCA (MEX)

Atlético
Cléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo (César) e Michel; Alan Bahia, Erandir (Marcelo Silva), Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio e Denis Marques. Técnico: Vadão.

Pachuca
Calero; López, Mosquera, Fausto Pinto e Marvin Cabrera; Caballero, Correa, Carlos Rodríguez e Chitiva, Christian Giménez e Landín. Técnico: Enrique Meza.

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