Se a campanha do Atlético nas dez primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro não é das melhores, pelo menos tem uma coisa a comemorar na parada para a Copa do Mundo. Com os três pontos conquistados sobre o Palmeiras, o Rubro-Negro chegou aos 805 pontos na história da competição e se tornou o maior pontuador do Estado, passando o arquirrival Coritiba. No geral, considerando todos os clubes que participam ou já participaram do torneio, o Furacão é o 15.º. Ao todo, o clube da Baixada disputou 28 vezes o Brasileirão.

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A marca histórica vem bem no momento em que o time comandado pelo técnico Givanildo de Oliveira começa a sair da crise. É claro que o Atlético também conta com a ajuda do Alviverde, que caiu para a segunda divisão e deixa de somar pontos este ano. No entanto, bastava o Rubro-Negro manter os mesmos rendimentos dos últimos anos para ultrapassar o rival. Sem o Coxa, ficou mais fácil e a vantagem só vai aumentar até o final da competição.

O Rubro-Negro vai atrás agora do Guarani, que também está na segundona e não vem somando pontos nas temporadas recentes.

A tendência é de que a diferença de 68 pontos baixe bastante até o final do ano e o Bugre seja ultrapassado no ano que vem. Se tudo correr bem, é claro. A grande vantagem do Furacão sobre outros clubes foi a mudança de número de pontos, feita pela Fifa, em 1991. Passando de dois para três pontos, os clubes que se ?modernizaram? lucraram mais com a vitória e começaram a passar quem ficou ?parado no tempo?.

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Além de Atlético e Coritiba, que mantém o 16.º lugar independente de outros resultados este ano, o futebol paranaense ainda conta com o Tricolor da Vila na 23.ª colocação, com 447 pontos. O Paraná Clube, vale lembrar, iniciou a competição em 24.º, mas, com a boa campanha, ultrapassou o Santa Cruz na contagem. Figuram também o Londrina (48.º, 103 pontos), o Colorado (53.º, 86 pontos), o Maringá (61.º, 71 pontos), o Pinheiros (92.º, 31 pontos), o Operário (118.º, sete pontos) e o J. Malucelli (127.º, um ponto).

Ordem é não ficar parado

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Os jogadores do Atlético ganharam ?férias?, mas isso não quer dizer que eles ficarão de papo pro ar. Pelo menos é o que a comissão técnica não quer que eles façam. Por isso, antes de cada um ir para o seu canto curtir os dez dias de liberação, eles receberam algumas instruções, apesar do técnico Givanildo de Oliveira dizer que não passou ?cartilha?. Entre elas, está trabalhar algumas horas todos os dias para o ritmo não baixar demais. Já o atacante Dagoberto, o zagueiro Alessandro Lopes e o lateral-esquerdo Ivan ficarão de ?castigo? no CT do Caju.

?Não uso cartilha porque acho que isso aí não existe.

Eu uso a conversa. Nós conversamos com eles no sábado pela manhã e falei algumas coisas que eu pensava e que eles teriam que fazer?, revelou o treinador.

De acordo com Giva, os atletas precisam ter consciência de que são profissionais e zelar pela boa forma. ?Alertei para eles não ficarem batendo pelada, para fazerem um trabalho toda manhã. Porque se eles fazem um treino toda manhã, eles ficam liberados o resto do dia para fazer o que quiserem?, aponta.

Segundo Givanildo, cada um vai escolher o que deve fazer. ?Não custa nada trabalhar numa academia, uma corrida. Cada um vai para sua cidade e sabe onde pode trabalhar e devem fazer isso para não ficar parado os dez dias?, justifica. O retorno aos trabalhos no CT do Caju está programado para o dia 15. Dagoberto, Ivan e Alessandro Lopes não param. Os três ficarão fazendo treinamento e tratamentos especiais para se recuperarem fisicamente.