Atlético não repetiu mesma escalação no Brasileirão

A derrota de domingo do Atlético para o Guarani, por 1 x 0, foi pela 21.ª rodada do Brasileiro e o Atlético levou a campo a 21.ª escalação diferente. A cada jogo é como se o Atlético reiniciasse a campanha no campeonato, em busca do entrosamento da “nova equipe”.

Neste período de definição do time, que parece não chegar ao fim, já foram utilizado 35 jogadores – dos quais, 9 já nem fazem mais parte do elenco. O único setor que parece resistir a essa rotatividade é a defesa, com Manoel e Rhodolfo sendo a referência na zaga.

Neto é outro nome certo nas escalações. Só desfalcou o time na estreia atleticana no campeonato, quando foi expulso e cedeu o lugar para João Carlos, que também o substituiu no jogo seguinte.

Wagner Diniz poderia ser outro jogador escalado constantemente, mas as suspensões e expulsões ainda não deixaram o lateral-direito, único no elenco, se firmar no bloco dos defensores. Foram sete cartões amarelos e dois vermelhos – quesito liderado pelo Furacão neste Brasileiro (9 no total).

Porém, mesmo com uma defesa já consolidada, ela sofreu 30 gols. Na contramão, o setor ofensivo balançou as redes 24 vezes – uma baixa média de 1,14 gol por jogo.

A responsabilidade dos gols é dos atacantes Maikon Leite, Bruno Mineiro, Nieto, Thiago Santos e Marcelo. Todos já estiveram em campo e o grupo é autor de 11 dos 24 gols. A artilharia ainda conta com gols dos meias Branquinho e Baier, que já fizeram 5, e de ex-atleticano Alex Mineiro, que fez 2.

A baixa média de gols se reflete nos placares. Neste Brasileiro, em apenas duas vezes a equipe venceu com dois gols de vantagem. Foi no 2 x 0 sobre Santos e no 2 x 0 sobre o Goiás).

Frente ao Botafogo, no dia 2 de junho, o Furacão conseguiu seu único placar com três gols, na vitória por 3 x 2. Agora já são dez rodadas seguidas que o Rubro Negro não consegue uma boa vantagem no placar.

Com Bruno Mineiro e Maikon Leite ganhando cada vez mais espaço, o problema maior continua sendo o meio-campo. O Atlético ainda não tem definido quais são seus homens de criação. Paulo Baier, que em 2009 foi o “maestro” do time, perdeu espaço e está sendo revezado na equipe.

Branquinho tem sido presença quase certa, mas nem sempre aparece como deveria. Caso do jogo frente ao Guarani, que sem Baier e com a fraca atuação do meia, o Rubro Negro ficou sem criação e teve apenas uma grande chance de gol, com o zagueiro Rhodolfo, aos 48 minutos do 2.º tempo.

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