Não tem sido fácil para a torcida do Atlético acompanhar o desempenho do time no primeiro tempo das partidas. Porém, contra o Operário, às 22h, em Ponta Grossa, a promessa é de que a equipe terá outra pegada em campo.
Jogadores e o técnico Sérgio Soares não querem saber de sair em desvantagem no placar. Nas três primeiras rodadas, o Rubro-Negro precisou correr atrás do prejuízo.
Na primeira rodada, não deu conta do recado e viu o Arapongas ficar com os três pontos. Nos dois jogos seguintes, foi para cima no segundo tempo e recuperou o placar.
Uma das principais preocupações com a derrota parcial no primeiro tempo é o desgaste que a situação causa, ainda mais por se tratar de início de temporada, em que o elenco ainda está longe do ideal fisicamente.
Para não sair no prejuízo após o revés nos minutos iniciais, Sérgio Soares tem pegado pesado. Os vestiários, nos intervalos das partidas, se tornaram sala de puxão de orelhas.
Após as conversas, o time tem voltado mais atento e aguerrido, conseguindo colocar em prática o que deveria ter feito já no começo do jogo. “Às vezes tenho apenas uma conversa. Às vezes a pegada é mais forte, para acender. Depende muito do feedback do primeiro tempo. Se os jogadores estão tensos, não adianta ir com o pé no peito. Se está errando por desatenção, aí a pegada é mais forte”, contou Soares.
O treinador tem insistido nos treinamentos para que os erros sejam corrigidos. Para ele, a desatenção tem sido o grande pecado do elenco no setor defensivo. Ainda assim, o treinador consegue extrair fatores positivos do problema.
“Tem que tirar algo positivo, que é o time conseguir superar, virar o jogo. Tem que ter atenção, porque todos os gols que tomamos foroam mais por falta de atenção do que qualquer outra situação dentro do jogo”, explicou Soares.
Se as orientações na preleção e os treinamentos ainda não estão sendo suficientes para que os jogadores mudem a atitude no início do jogo, o tom das conversas de intervalo tem sido decisivo.
“O professor chama a atenção para ter mais força de vontade, garra. Neste momento, as pernas não obedecem, principalmente no segundo tempo. O professor deu uma chacoalhada e tivemos a reação logo no começo do segundo tempo, dando resultado”, afirmou Branquinho.
Marcos Pimentel, que deve fazer seu primeiro jogo como titular hoje, em substituição a Wagner Diniz, tem na ponta da língua o discurso para reverter o quadro.
“Temos conversado bastante e tem que ter um pouco mais de atenção. O início do jogo tem atrapalhado um pouco. Nesta partida vamos ter mais atenção para que não soframos tanto como tem sido no segundo tempo”, acrescentou.