Dezembro é o mês no qual os times brasileiros dispensam jogadores que não corresponderam as expectativas e também vão ao mercado para buscar reforços. E com o Atlético não é diferente.
No entanto, o clube paranaense tem que redobrar as atenções na hora de fechar novos contratos, porque em 2008 as decisões erradas superaram e muito os acertos. Em toda a temporada, a diretoria contratou 19 jogadores (que realizaram ao menos uma partida no time principal) sendo sete para a disputa do campeonato estadual e 12 para o Brasileirão.
Destes se mantiveram com eficiência no elenco apenas dois: o goleiro Galatto e o atacante Rafael Moura. Alguns tiveram seus bons momentos, como o volante Zé Antônio, que atuou improvisado como ala-direita, Julio dos Santos, Júlio César e Alberto. Os demais não emplacaram.
O Atlético errou muito em suas avaliações e pagou caro. Não vingou em nenhuma das quatro competições que disputou e passou grande parte do Brasileirão com jogadores em tratamento no DM ou recuperando condicionamento físico. Isso interferiu no trabalho dos técnicos (passaram quatro pelo clube neste ano) que ficaram sem opções para montar uma equipe competitiva.
Para 2009, Geninho já pediu que fosse mantida a base – cerca de 70% do grupo – e que sejam contratados de três a quatro reforços, mas para qualificar a equipe e não apenas jogadores para integrar o elenco. A prioridade seria o ataque, que não rendeu bem neste ano.
Estadual
Os primeiros equívocos ocorreram na disputa do Campeonato Paranaense. Para buscar o título estadual, a diretoria manteve grande parte do grupo que atuou em 2007 e contratou sete jogadores: o goleiro Galatto; os zagueiros Matheus e Leandro Bambu; os volantes Léo Medeiros e Zé Antônio, o meia Irênio e o atacante Wallyson, que havia sido comprado em 2007, mas estreou no Furacão só em 2008.
O goleiro foi a principal contratação do ano. Galatto não jogou o campeonato estadual porque foi reserva de Vinícius e estreou apenas no Brasileirão. Porém terminou o ano titularíssimo e pretendido por outras equipes. O zagueiro Matheus jogou duas partidas, não aprovou e foi para o futebol português.
Leandro Bambu também atuou pouco e passou a ser aproveitado no Atlético B. Léo Medeiros disputou três partidas no estadual e mais três no Brasileirão. Foi encostado e devolvido ao Flamengo com o término de seu contrato.
Irênio, que chegou muito badalado, produziu quase nada e rescindiu contrato. Zé Antônio ficou encostado boa parte do ano e só foi aproveitado a partir de setembro, com a chegada de Geninho. Mostrou potencial e sua permanência no clube será definida nesta semana.
E finalmente Wallyson, que foi contratado para ser a grande revelação do time, mas chegou machucado e passou o ano de 2008 tratando de lesões e fazendo tratamento para ganhar massa muscular, porque era muito franzino. É uma das apostas para 2009.
Brasileirão
Com a perda do título estadual e a desestruturação do time, o Furacão resolveu voltar ao mercado para se reforçar visando o Brasileirão. E novamente cometeu erros de avaliação.
Contratou jogadores completamente fora de forma, com idade avançada e outros com problemas documentais já que vieram do exterior e precisariam se adequar ao prazo de transferências internacionais. Assim desembarcaram no CT do Caju 12 atletas que foram sendo testados no decorrer do campeonato.
Destes, apenas Rafael Moura conseguiu a titularidade absoluta. Júlio César, Julio dos Santos, Alberto e Márcio Azevedo tiveram seus altos e baixos e devem ter oportunidade em 2009.
Os demais praticamente não contribuíram. Faehl rescindiu e assinou com o Goiás. Kelly, Rodriguinho, Gustavão, Fernando, Joãozinho e Caíque pouco produziram e a maioria passou mais tempo no departamento médico do q,ue nos gramados defendendo o Atlético. Por isso, o contrato deles não será renovado.
