Após 27 anos, o Atlético Nacional voltou a conquistar o título da Copa Libertadores ao vencer o Independiente del Valle por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, em Medellín, no jogo de volta da decisão da competição continental. Após o confronto, a fanática torcida local, os jogadores e o técnico Reinaldo Rueda fizeram uma grande festa para comemorar a taça que garantiu também a equipe colombiana na próxima edição do Mundial de Clubes da Fifa.
E, ao fim desta Libertadores, um fato é incontestável: o título foi muito merecido, pois o Atlético Nacional foi o time de melhor campanha na competição. “Ganhamos com merecimentos diante de um rival muito difícil, que nos obrigou a nos desdobrarmos em campo”, ressaltou o técnico Reinaldo Rueda, que viu seu time triunfar com uma vitória por placar mínimo depois de ter conquistado um empate por 1 a 1 no confronto de ida da final, no Equador, na semana passada.
Já o atacante Borja, autor do gol do título e que voltou a ser decisivo como já havia sido nas semifinais diante do São Paulo – contra o qual balançou as redes quatro vezes em duas partidas -, ressaltou que a conquista do Atlético Nacional foi “um sonho tornado realidade”. “O aproveitaremos em grande estilo”, comemorou.
O venezuelano Alejandro Guerra, outro campeão pela equipe colombiana, também qualificou o título como um “sonho realizado”. “O caminho foi longo e a vitória foi o resultado do trabalho de todos os jogadores. Esta conquista é de todos”, enfatizou.
CONFORMADO – Já o Independiente del Valle, que fez história ao se tornar o terceiro time do Equador a atingir uma final de Libertadores, exibiu certo conformismo com o vice-campeonato, pois sabe que fez tudo o que podia para buscar o título.
“Tivemos coisas muito boas, os jogadores podem se sentir orgulhosos, só nos faltou um passinho”, ressaltou o técnico uruguaio Pablo Repetto, que fez o Del Valle se juntar a Barcelona de Guayaquil, finalista em 1990 e 1998, e LDU, campeão em 2008, como times do Equador que alcançaram a decisão continental.
O treinador ainda reconheceu que o título foi “justo” para o Atlético Nacional pelo que mostrou ao longo do torneio e também neste duelo de volta da decisão. “Eles estiveram muito bem nos primeiros 20 minutos e foram muito superiores a nós”, reconheceu o comandante, para depois enfatizar que está “tranquilo e orgulhoso” dos seus jogadores.
O orgulho não é pra menos, pois em sua campanha o time equatoriano eliminou times de grande tradição como River Plate e Boca Juniors, este último batido pelo rival em plena La Bombonera no duelo de volta das semifinais. O Colo-Colo, do Chile, foi outra vítima da equipe do Equador nesta Libertadores.