Desde a implantação do esquema com três zagueiros pelo comandante Ney Franco, o sistema defensivo do Atlético melhorou muito seu posicionamento e deu mais segurança para todo o time A adesão ao sistema aconteceu efetivamente na vitória contra o Galo (1 a 0), na Arena, em 2 de setembro. De lá pra cá, foram mais 12 jogos pelo Brasileirão, e em todos eles o Furacão iniciou os confrontos atuando no 3-5-2. Levou 14 gols – número relativamente alto -, mas reflexo principal da péssima atuação contra o Náutico, quando foi goleado por 5 a 0. Em compensação, após esse episódio, a defesa passou quatro jogos invicta.
Rhodolfo, Antônio Carlos, Danilo e Rogério Correa se transformaram no paredão rubro-negro desde a chegada de Ney Franco. Os três primeiros têm sido mais aproveitados, porém Rogério tem cumprido bem o seu papel sempre que solicitado. Ele voltou a atuar contra o Grêmio, em substituição ao machucado Antônio Carlos. Jogou novamente contra o Corinthians e é nome certo diante do Sport.
Para o jogo de domingo, ele deverá ter ao seu lado Rhodolfo e o jovem Alex Fraga, caso o técnico opte por continuar utilizando três zagueiros. Essas mudanças ocorrem porque os titulares Danilo e Antônio Carlos não terão condições de atuar. Danilo cumprirá suspensão automática devido ao 3.º cartão amarelo e Antônio Carlos se recupera de uma contusão na coxa. ?Fico contente em voltar e poder ajudar. É nessas horas que o grande jogador tem que mostrar seu valor?, afirmou Correa.
Preparado
Essa seqüência de três jogos iguala a maior do ano para Rogério Correa, que não teve um 2007 muito bom. Ele foi escorraçado pela torcida após um gol contra na semifinal do Paranaense e foi ignorado na era Antônio Lopes – saindo do grupo principal e tendo que treinar na equipe B. Pensou em trocar de clube, mas ganhou oportunidade com o novo treinador e mostrou seu valor.
Jogador com história no futebol do Atlético, o zagueiro campeão brasileiro em 2001 fala sobre a má fase que passou e sobre a expectativa de futuro.
Paraná-Online: No início do ano, você passou por uma situação delicada na semifinal do Paranaense. Como foi superar tudo isso?
Rogério: Importante naquela hora foi manter a cabeça tranqüila. Minha família me ajudou bastante. O Paranaense não foi um campeonato bom para nós (Atlético) e tive aquela infelicidade. Soube levantar a cabeça e os torcedores que realmente conhecem quem é o Rogério Correa me deram apoio. Hoje levantei a cabeça e pude ajudar na vitória nos últimos jogos.
Paraná-Online: E o afastamento com Antônio Lopes?
Rogério: Participei de todos os amistosos e ele chegou à conclusão de que iria separar alguns jogadores. Não sei por quem ou o por que motivo, mas pela diretoria não foi, tanto que continuei ficando (no elenco) e podendo ajudar agora. O motivo do Lopes eu não sei, já que joguei com ele no Goiás e o ajudei bastante. Importante é que eu levantei a cabeça e trabalhei em separado por dois meses e meio e não desanimei.
Paraná-Online: O grupo realmente pensa que pode chegar à Libertadores?
Rogério: Pensa sim. Se o pessoal que está disputando o rebaixamento tem a convicção de que vai sair, nós também temos a convicção de que podemos chegar à Libertadores.
Paraná-Online: Continua no Atlético no próximo ano?
Rogério: Tenho contrato até final de 2008. É um clube que tenho carinho enorme e onde conquistei vários títulos. O importante é que eu possa mostrar meu futebol e, se permanecer no próximo ano, espero ter mais oportunidades e quem sabe renovar futuramente. Por mim, não gostaria de sair.