Depois de quebrar o paradigma do calendário do futebol brasileiro, o Atlético está prester a romper com outro dogma, mostrando que time de Série B pode ser transformado em equipe padrão Série A. A prova está na escalação da atual equipe rubro-negra. Oito jogadores que hoje são titulares do Furacão estiveram na campanha da Segundona do ano passado. Da equipe que iniciou a partida contra o Internacional, quinta-feira, nada menos do que oito jogadores eram também titulares do time atleticano do ano passado.
A defesa, por exemplo, teve apenas uma mudança em relação ao time do ano passado. Weverton e Manoel se mantiveram, enquanto Luiz Alberto, que era reserva, aproveitou a vaga deixada por Cléberson e virou titular. Na lateral-esquerda, Pedro Botelho segue intocável. No setor, a única novidade mesmo é o lateral-direito Léo – destaque do time sub-23 que disputou o Estadual.
No meio-campo, João Paulo ganhou a companhia de Bruno Silva, mas Deivid, que foi titular absoluto na Série B do ano passado, tem sempre atuado. Na criação, o meio-campo Paulo Baier, que foi muitas vezes preterido por Ricardo Drubscky durante a Segundona de 2012, agora faz dupla com Éverton.
O ataque atleticano ganhou Éderson, que estava emprestado ao ABC-RN em 2012, mas o intocável no setor é Marcelo. Na Série B, ele marcou 16 gols. Atualmente, o jogador tem atuado mais como o “garçom” da equipe. Marcelo já soma seis assistências e é o líder neste quesito, na versão 2013 do Furacão.
Com a manutenção de uma base, o Atlético conseguiu tornar-se competitivo na Série A sem gastar muitos recursos. Bom para o clube, que perdeu receita com a queda no número de sócios e quem vem injetando verba nas obras da Arena da Baixada. A estratégia arriscada, de ir para a Série A com um elenco de Série B, foi compensada pela aposta no entrosamento da equipe, que o técnico Vagner Mancini aponta como uma das principais virtudes da equipe. “É um time que se conhece, sabe de seus limites e, por isso, os supera”, afirma.