O Atlético Mineiro segue em queda livre no Campeonato Brasileiro. Após figurar na zona de classificação à Copa Libertadores durante boa parte do primeiro turno, o time não para de acumular tropeços e, nesta quarta-feira, perdeu para a vice-lanterna Chapecoense por 2 a 0, no estádio Independência, em duelo válido pela 29ª rodada.

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O resultado manteve o Atlético-MG com 35 pontos, seis acima da zona de rebaixamento, uma preocupação impensável para o clube no início da competição, mas que agora já começa a atemorizar os seus torcedores, especialmente pelo nível de atuações ruins. Nesta quarta, por exemplo, o time cometeu muitos erros na defesa, exibiu nervosismo e abusou de jogadas aéreas que foram pouco perigosas. Ainda recebeu muitas vaias dos seus torcedores, que também protestaram contra a gestão do presidente Sergio Sette Câmara.

O recém-iniciado trabalho de Vagner Mancini também foi criticado, especialmente pela escalação de Ricardo Oliveira na vaga de Di Santo. E a insistência na improvisação do zagueiro Réver como volante também não funcionou, sendo abandonada no intervalo, quando o Atlético-MG já perdia por 1 a 0.

Eficiente para aproveitar as oportunidades que teve, marcando um gol no início de cada tempo, e com a atuação decisiva de Tiepo, que defendeu um pênalti, a Chapecoense, que não vencia desde 18 de agosto, acumulava cinco empates e oito derrotas nos últimos 13 jogos. E agora conquistou o seu segundo triunfo como visitante no Brasileirão – o outro também havia sido no Independência, diante do Cruzeiro. Ainda assim, segue em situação complicada na briga contra o rebaixamento, pois acumula apenas 21 pontos, a nove do primeiro clube fora da zona da degola.

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O VAR também teve presença ativa na partida, sendo usado para marcar um pênalti para o Atlético-MG, desperdiçado por Di Santo, e para anular um gol de Igor Rabello, em lances ocorridos no segundo tempo.

Os times voltarão a jogar no sábado pelo Brasileirão. O Atlético-MG será visitante contra o Fortaleza, no Castelão, enquanto a Chapecoense vai receber o São Paulo, na Arena Condá.

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O JOGO – A Chapecoense surpreendeu o Atlético-MG no começo da partida no Independência. Com uma postura ofensiva, criou chances de gol até abrir o placar aos cinco minutos, com Henrique Almeida, que cabeceou sozinho para as redes, após cobrança de escanteio.

Foi o suficiente para o Atlético-MG se enervar e cometer erros, dando espaços para a Chapecoense, que teve até oportunidades para ampliar, em contra-ataques, com aos nove, quando Dalberto roubou a bola de Leonardo Silva e cruzou para Roberto, que bateu para fora.

Enquanto isso, sem criatividade, o Atlético-MG não encontrava espaços na defesa da Chapecoense, embora ficasse por mais tempo com a posse de bola. Desorganizado, ainda sofria com as cobranças da torcida, direcionadas principalmente a Fábio Santos e a Mancini. Ainda assim, teve duas oportunidades de empatar o jogo, com Luan e Nathan, que acertou a trave.

Para a etapa final, o Atlético-MG voltou com Cazares no lugar de Leonardo Silva. Esboçou uma pressão, mas voltou a ser vazado. Dessa vez, Camilo lançou na área, Dalberto ganhou disputa com Réver, saiu cara a cara com Cleiton e tocou para trás. Henrique Almeida finaliza forte em cima de Igor Rabello e a bola sobrou para Everaldo, que chutou para fazer 2 a 0 aos quatro minutos, marcando pela 11ª vez no Brasileirão.

A resposta atleticana poderia ter vindo na sequencia, não fosse uma incrível chance perdida por Ricardo Oliveira, de cabeça, o que aumentou as cobranças da torcida sobre o centroavante, a principal novidade da escalação de Mancini, que logo depois o trocou por Di Santo. O argentino teria a chance de recolocar o Atlético-MG na partida aos 17 minutos, após a arbitragem marcar pênalti em Guga, depois de consulta ao VAR. Mas Di Santo parou na defesa de Tiepo.

Desorganizado, tenso e sem confiança, o Atlético-MG buscou pressionar a Chapecoense, que se defendia bem. Mas só conseguia ser perigoso em jogadas aéreas. Em uma delas, até chegou a marcar com Igor Rabello, mas a arbitragem anulou o gol após consultar ao VAR por causa de um empurrão em Marcio Araújo. Não era, mais uma vez, o dia do Atlético.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 X 2 CHAPECOENSE

ATLÉTICO-MG – Cleiton; Guga, Leonardo Silva (Cazares), Igor Rabello e Fábio Santos; Réver, Elias (Geuvânio), Luan, Nathan e Otero; Ricardo Oliveira (Nathan). Técnico: Vagner Mancini.

CHAPECOENSE – Tiepo; Renato (Eduardo), Maurício Ramos (Rafael Pereira), Douglas e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Roberto e Camilo; Henrique Almeida, Everaldo e Dalberto (Elicarlos). Técnico: Marquinhos Santos.

GOLS – Henrique Almeida, aos cinco minutos do primeiro tempo; Everaldo, aos quatro minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Diego Pombo Lopez (BA).

CARTÕES AMARELOS – Igor Rabello, Cazares e Otero (Atlético-MG); Henrique Almeida, Roberto e Dalberto (Chapecoense).

RENDA – R$ 89.042,00.

PÚBLICO – 19.058 torcedores.

LOCAL – Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).