Em busca de uma necessária reabilitação na Copa Libertadores, o Atlético Mineiro voltará nesta terça-feira a um terreno bem conhecido. Pela terceira vez nesta edição do torneio continental, o time vai atuar em Montevidéu, desta vez contra o tradicional Nacional do Uruguai, às 21h30, pela segunda rodada do Grupo E. E, como nos confrontos anteriores, esse também será decisivo.

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Sexto colocado no Campeonato Brasileiro de 2018, o Atlético-MG precisou começar a sua trajetória na Libertadores ainda pelas fases preliminares. O time teve dois adversários uruguaios pela frente, o Danubio e o Defensor, tendo eliminados ambos e sem deixar Montevidéu derrotado.

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O time empatou por 2 a 2 com o Danubio e superou o Defensor por 2 a 0, depois assegurando a passagem de fase. E ampliar essa invencibilidade no Uruguai é fundamental para o Atlético-MG não ficar em situação ainda mais complicada na fase de grupos.

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“Espero alguma coisa parecida com os jogos que fizemos no Uruguai. Espero um jogo físico, com cuidados na parte defensiva e bola aérea. São as principais características de Libertadores”, prevê o técnico Levir Culpi.

Na última quarta-feira, em partida que marcou a volta da equipe ao Mineirão, o Atlético-MG foi surpreendido ao perder para o Cerro Porteño. Para aumentar o risco ao time, o Nacional do Uruguai superou o Zamora na Venezuela por 1 a 0 no outro jogo da rodada inicial do Grupo E. Assim, uma derrota em Montevidéu pode levar o time a ficar a seis pontos dos dois primeiros colocados da chave com apenas duas rodadas disputadas.

A necessidade de, ao menos, pontuar no Uruguai não levará, porém, Levir a alterar o esquema tático para o confronto com o Nacional, alvo de críticas de parte da torcida. O Atlético-MG vai seguir com uma formação com três volantes de origem, dando mais liberdade a Elias para chegar ao campo de ataque. Com isso, o colombiano Chará continuará sendo opção no banco de reservas.

Ainda assim, Levir se viu forçado a realizar uma mudança na escalação. O volante Adílson recebeu o terceiro cartão amarelo na derrota para o Cerro. E, suspenso, terá a sua vaga ocupada por José Welison, que não pôde atuar contra o time paraguaio por também estar cumprindo gancho, pela expulsão na segunda partida contra o Defensor.

Como vem sendo recorrente desde a sua estreia na Libertadores, o Atlético deu descanso aos seus titulares no fim de semana, no Campeonato Mineiro, com exceção a José Welison. Mas ainda assim conseguiu manter a liderança da competição ao bater o Patrocinense por 1 a 0.

O cenário para o Nacional é praticamente oposto. O time até começou a Libertadores com vitória na Venezuela, graças ao gol marcado pelo argentino Gonzalo Bergessio, mas ainda não venceu no Torneio Apertura uruguaio, com três empates e uma derrota nas quatro rodadas iniciais – a última dessas igualdades foi no fim de semana, quando ficou no 2 a 2 com o modesto Boston River, ainda que sem ter utilizado a maioria dos titulares.

Com isso, está em um decepcionante 11ª posição, o que provoca cobranças ao técnico Eduardo Domínguez e pode deixar um clima de tensão para o tricampeão da Libertadores no confronto com o Atlético, algo que o time mineiro poderá aproveitar para não entrar em crise e aumentar o risco de uma eliminação precoce na Libertadores.

“A gente sabe da força do futebol uruguaio, da sua tradição, então temos que pregar todo o respeito. Ainda mais quando se trata de uma equipe da grandeza do Nacional, que é uma das principais daqui do Uruguai. É pregar o respeito, mas também saber daquilo que a gente pode fazer para conseguir o resultado positivo”, diz o goleiro Victor.