Depois de quase um mês sem vencer um jogo, o Atlético Mineiro desencantou e derrotou o Bahia por 2 a 0 na noite desta quarta-feira, no Estádio Independência, em Belo Horizonte. Apesar do jogo sem grandes atrativos técnicos, a vitória foi um alívio para o time de Cuca, que chegou a 15 pontos e afastou a possibilidade de retornar à zona da rebaixamento nesta rodada do Campeonato Brasileiro.

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O resultado foi péssimo para o visitante, que já vinha de duas derrotas e perdeu a chance de se aproximar do grupo de elite da competição. Para se recuperar, os baianos terão a missão de derrotar o Santos no domingo, na Fonte Nova, em Salvador. No mesmo dia, o Atlético enfrenta o Internacional no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo.

Nesta quarta, o Atlético mostrou disposição que há muito o torcedor alvinegro não via e avançou para cima do Bahia assim que o árbitro autorizou o início da partida. Até mesmo Dátolo, que acabou de chegar ao clube, mostrou entrosamento com os companheiros e contribuiu para boas jogadas. E a postura ofensiva dos anfitriões deu certo. O Bahia se sentiu acuado e só conseguiu se aproximar realmente da área adversária quase na metade da primeira etapa.

Com espaço para jogar, os mineiros tiveram algumas oportunidades frustradas até os 18 minutos, quando Ronaldinho Gaúcho cobrou escanteio na medida para Leonardo Silva, que subiu mais que a defesa rival e abriu o placar. Só após levar o gol o Bahia entrou realmente no jogo e conseguiu pelo menos avançar um pouco mais. Marquinhos, principalmente, conseguiu ameaçar a defesa alvinegra.

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Mas, na prática, o time baiano conseguiu apenas mostrar que não estava morto em campo, pois não conseguiu levar perigo real a Victor, que praticamente não trabalhou no primeiro tempo. Mesmo assim, o Atlético preferiu evitar riscos. Apesar de ainda estar melhor em campo, a equipe mineira reduziu o ritmo, deixando o fim da etapa inicial bastante truncado.

Os baianos precisavam de uma vitória para afastar a má fase e se manter no alto da tabela e o time voltou do intervalo sem Madson e Talisca, que praticamente nada fizeram na etapa inicial e deram lugar a Angulo e Wallyson. O jogo recomeçou mais quente e logo aos cinco minutos o segundo dominou na área após Marquinhos cobrar escanteio e mandou para o fundo da rede. Mas a arbitragem já havia apontado impedimento do atacante do Bahia.

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O clima esquentou em campo e jogadores dos dois times começaram a se desentender. Além disso, o gol anulado também deu uma sacolejada nos donos da casa, que encontrava dificuldade de superar a marcação do Bahia. Mas a defesa tricolor não conseguiu impedir cruzamento de Júnior César aos dez minutos e Alecsandro precisou apenas escorar para ampliar a vantagem alvinegra.

A equipe mineira ainda teve ótima chance com Ronaldinho, que fez boa apresentação na maior parte do tempo e por poucos centímetros não marcou um gol olímpico. Mas o time preferiu administrar o resultado e impedir as tentativas de avanço do Bahia para garantir a vitória, a primeira após a conquista da Copa Libertadores.

No Brasileirão, os mineiros não venciam desde 14 de julho, quando derrotaram o Corinthians por 1 a 0 no Pacaembu. “Graças a Deus voltamos a jogar bem. Daqui para a frente é assim para melhor”, comemorou Júnior César.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 2 x 0 BAHIA

ATLÉTICO-MG – Victor; Marcos Rocha (Rafael Marques), Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre, Josué, Dátolo (Neto Berola), Ronaldinho Gaúcho e Luan; Alecsandro. Técnico: Cuca.

BAHIA – Marcelo Lomba; Madson (Angulo), Lucas Fonseca, Rafael Donato e Raul; Fahel, Rafael Miranda, Hélder (Obina), Talisca (Wallyson) e Marquinhos Gabriel; Fernandão. Técnico: Cristóvão Borges.

GOLS – Leonardo Silva, aos 18 do primeiro tempo. Alecsandro, aos 10 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Marcos Rocha (Atlético-MG); Fernandão, Angulo, Marquinhos e Rafael Miranda (Bahia).

ÁRBITRO – Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa/RJ)

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).