O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, confirmou nesta segunda-feira o fim da passagem de Ronaldinho Gaúcho pelo clube mineiro. A rescisão do contrato foi definida nesta manhã de forma amigável entre a diretoria e o empresário e irmão do atacante, Roberto de Assis.

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“Não conto mais com Ronaldinho”, disse Kalil, em entrevista à Sportv. “Terminou o ciclo do Ronaldinho conosco, infelizmente. Porque ele é um ídolo de todos nós. Todo mundo gosta do seu futebol, da maneira que ele joga, ele é muito carismático. Mas é assim que funciona, ele está saindo e a gente vai seguir sem ele”.

Na quarta-feira, Ronaldinho vai conceder entrevista na Cidade do Galo, para falar sobre seu futuro. Apesar de não haver confirmação, é provável que o jogador se transfira para o New York Red Bulls, dos Estados Unidos. No final de semana, seu irmão esteve em Nova York para conversar com os dirigentes do clube norte-americano.

A saída do jogador da equipe vinha sendo especulada desde a chegada do técnico Levir Culpi, em maio deste ano. Na mesma semana, o Atlético foi desclassificado da Copa Libertadores, após empatar com o Atlético Nacional, da Colômbia. Na ocasião, o novo treinador, que substituiu Paulo Autuori, afirmou que, para serem mantidos em campo os jogadores precisavam demonstrar os seus “números” em campo.

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A expectativa pela rescisão aumentou na quarta-feira passada, quando o Atlético levantou o troféu da Recopa Sul-Americana ao vencer o Lanús, da Argentina. O atacante celebrou o título em clima de despedida com os companheiros de time e deu a entender que o segundo jogo da Recopa era sua última partida com a camisa do Atlético. Após ser substituído no segundo tempo, ele não voltou dos vestiários até o momento do pódio, postou em redes sociais mensagens de agradecimento à torcida e adeus aos companheiros.

Ronaldinho chegou ao clube em maio de 2012, depois de uma crise pessoal no Flamengo. Desacreditado por grande parte da imprensa esportiva, voltou a produzir e foi abraçado pela torcida, levando o time mineiro ao vice-campeonato daquele ano, sob o comando de Cuca. No ano seguinte, foi um dos protagonistas da conquista da Libertadores, maior título na história da equipe mineira, e entrou para o hall de maiores ídolos da história do clube.

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Liberado no meio da semana para participar da partida de encerramento do jogador Deco, em Portugal, Ronaldinho não compareceu ao amistoso, alegando que teria perdido o voo. Após a Copa do Mundo, chegou-se a ventilar que o Fluminense tinha interesse no jogador, mas, por já ter participado de mais de sete partidas pelo Atlético-MG, ele ficaria impedido de atuar em outras equipes da elite do futebol nacional até o fim deste ano.