O Atlético ainda não sabe o que é viver ao menos uma semana de tranquilidade desde que a temporada 2011 foi aberta. Do dia 16 de janeiro para cá, o Rubro-Negro vem amargando dias complicados.
Para piorar, a pressão não se limita aos resultados nas quatro linhas. Começa na diretoria, onde a gestão do presidente Marcos Malucelli enfrenta uma oposição destrutiva, e termina no elenco.
A Copa do Mundo é outro departamento que tem incomodado o Furacão. A indefinição sobre construtora, início das obras e fonte de recursos para bancar o aumento dos valores para a adequação da Arena da Baixada às exigências da Fifa, hoje orçada em R$ 220 milhões, também consomem energia do clube.
Mas é dentro de campo que a pressão é exercida com mais força. O time ainda não conseguiu mostrar estabilidade e já deixou duas competições para trás sem obter sucesso.
Resultados que vão na contramão do discurso do final do ano passado. À época, o presidente Marcos Malucelli declarava que o time ia brigar pelos primeiros lugares nas quatro competições que disputaria em 2011.
No Paranaense, até que ficou com a segunda colocação, mas na Copa do Brasil não conseguiu passar das quartas de final.
Agora, restam Campeonato Brasileiro, no qual começou mal, e Copa Sul-americana. Para conseguir colocar a casa em ordem, já foi tentando de tudo.
Desde troca de treinador, até dispensa e contratação de jogadores, passando por mudanças no comando da diretoria de futebol.
Em meio a alterações e tentativas de resgate do bom futebol, o discurso é o mesmo; vai melhorar.
Enquanto a guinada fica apenas na teoria, os prazos vão se esgotando e a torcida fica cada vez menos paciente.
Com esses tropeços, são os treinadores que mais sentem na pele os problemas pela falta de bons resultados.
Adilson Batista é a quarta tentativa de acerto no comando da equipe e precisa correr contar o tempo para mostrar que a contratação, um tanto tumultuada pela maneira como Geninho foi demitido, foi a melhor estratégia para dar um novo rumo ao time.
Até aqui, o atual técnico do Furacão ainda não conseguiu repetir o rendimento do seu antecessor.
Geninho, em dez jogos, teve 83% de aproveitamento – sofreu apenas uma derrota.
Adilson Batista, com nove jogos à frente do Furacão, já perdeu duas vezes e o aproveitamento é de 55%.
São números que ficam atrás até mesmo de Leandro Niehues, que foi interino em cinco jogos este ano, e obteve 60% de aproveitamento.
