“Se não der para fazer uma campanha boa e ser campeão, que pelo menos a gente faça uma campanha razoável.” São as palavras do assessor executivo do Atlético, Antônio Carletto Sobrinho, após a sessão “lavanderia” de ontem no CT do Caju. Por mais de uma hora, a comissão técnica, diretoria e jogadores conversaram para acertar os ponteiros antes de subirem para o campo 2 cheios de otimismo para a sequência do campeonato brasileiro. À noite, uma nova reunião foi feita, desta vez com o presidente Mário Celso Petraglia.
A conversa, dessa vez, não foi com o grupo completo. Enquanto alguns trabalhavam fisicamente na sala de musculação, outros ficaram na resenha com o técnico Osvaldo Alvarez, Carletto e o diretor de futebol Alberto Maculan. “Futebol é um negócio complicado, às vezes até de explicar. Joga bem, perde. Joga mal, perde. O Atlético fez uma grande apresentação contra o Grêmio, ganhou. Fez uma péssima apresentação contra o Paraná Clube, perdeu. Jogou bem contra o Atlético Mineiro, perdeu. Fez uma excelente partida contra o Figueirense, empatou e poderia ter ganho facilmente e jogou muito mal contra o Fortaleza”, analisa Carletto.
Segundo ele, o Atlético está sofrendo com a reformulação do elenco. “O que dá tranqüilidade para a gente é um grupo que tem qualidade. Tem que ter paciência porque o campeonato é longo e eu tenho certeza que eles vão dar a resposta no campo porque qualidade não falta”, continua.
O dirigente desmentiu a existência de panelinhas dentro do elenco atleticano. “Não existe entre os jogadores. Eles estão unidos e isso acontece porque eles são a classe mais unida que existe. Há respeito entre eles e a gente vê que aqui no Atlético eles são unidos e quando se reúnem falam da parte técnica, do time, dos defeitos, da comissão técnica”, aponta. Segundo ele, a imprensa é que inventou a existência de panelas dentro do elenco. “Não existe panela. Existe uma comissão técnica que escala quem ela quer. Às vezes, parte da imprensa tumultua e tem problema até político”, disparou.
Mesmo assim, o dirigente declarou não estar satisfeito com a campanha do Rubro-Negro até aqui no Brasileirão. “Uma equipe não ganha sempre. No ano passado, o Cruzeiro estava na mesma situação do Atlético e chegou em oitavo lugar (na verdade, foi nono, nos critérios). Nós temos ainda chance de reverter e chegar lá. Tomara que isso aconteça, mas é difícil. Se não acontecer, nós vamos continuar dando apoio para que faça uma campanha boa. Se não for campeão, que pelo menos fala uma campanha razoável”, completa.
Vadão aguarda até a última hora
O técnico Osvaldo Alvarez, do Atlético, vai esperar até o último momento para saber com quem poderá contar para a zaga. A tendência é de que Rogério Correia, Capone e Daniel formem o sistema defensivo para enfrentar o Criciúma pela sexta rodada do campeonato brasileiro, domingo, na Arena. No ataque, Ilan tem presença garantida se ficar recuperado de uma contusão na coxa direita. Hoje, o treinador atleticano começa a avaliar a equipe num jogo treino contra o Avaí no CT do Caju.
“Nós ainda não temos uma posição sobre a documentação do Capone e vamos esperar. Não tem outra alternativa, mexida vai ter que ter”, disse Vadão. O problema do zagueiro Capone e do atacante Lê é que a CBF está fechada para o feriadão prolongado no Rio de Janeiro. O departamento de registro do clube já encaminhou a papelada na semana passada e só espera a publicação do nome desses dois atletas no boletim de informação diária (BID) para liberá-los para o jogo.
“Até quinta-feira nós não temos certeza de nada. Vamos esperar pela recuperação do Rogério Correia, que eu acredito que vai dar tudo certo”, aposta o treinador. Ele também vai esperar pela recuperação do atacante Ilan para definir o ataque. “O Ilan está sentindo a perna e vai treinar mais uma vez fora do grupo e como nós temos a semana toda, vamos esperar”. Nas demais posições, a equipe deverá ser a mesma que enfrentou o Fortaleza. A provável formação contra os catarinenses deverá ter Diego; Rogério Correia, Capone e Daniel; Alessandro, Leomar, Kléberson, Adriano e Ivan; Ilan (Luciano Santos) e Dagoberto.
Reuniões
Para o comandante rubro-negro, as reuniões no CT do Caju fazem parte da rotina. “Quando ganha, perde ou empata, sempre tem uma reunião para discutir o que está acontecendo. Discutimos aquilo que nós precisamos fazer mais, aquilo que nós estamos fazendo de bom e precisamos consertar, ou seja, reunião de rotina”.