O Atlético tem a oportunidade de recomeçar o Campeonato Brasileiro na quarta-feira, com o primeiro jogo do returno contra o Atlético-MG. Depois de um início claudicante, conseguindo o primeiro ponto só na 11.ª rodada, o time evoluiu e começa a apresentar uma reação. Nos últimos sete jogos conseguiu engatar a arrancada e não sabe mais o que é perder um jogo. Isto é motivo de comemoração entre os jogadores, que se sentem aliviados por estarem tão próximos de deixar a zona do rebaixamento.

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No primeiro turno, nas rodadas iniciais, o time era apático, não conseguia chegar ao gol, teve rotatividade de jogadores e passou por três treinadores diferentes para então acertar o ritmo. Tudo começou a ganhar nova cara no início de julho com a chegada de Renato Gaúcho e o Furacão passou de 5% para 51% de aproveitamento. Uma evolução que nem pelos jogadores era esperada. Não de maneira tão rápida, pelo menos. Mas a situação ainda é delicada, o time está entre os prováveis rebaixados e em 19 jogos somou apenas 18 pontos, menos que um ponto por rodada.

Mas agora é esquecer de vez este primeiro turno para enquadrar uma nova maneira de encarar os jogos e manter o ritmo imposto por Renato Gaúcho. E depois de o time ser considerado um candidato fortíssimo ao rebaixamento, os jogadores já têm muito a comemorar, mesmo sem ter conseguido bater o Coritiba e iniciar o segundo turno fora da ZR. “Terminamos o turno sem derrota, tivemos uma melhora muito grande e tem que exaltar este trabalho”, disse Kléberson. O goleiro Renan Rocha é ainda mais otimista e quer, contra o Atlético-MG, na Arena da Baixada, mostrar que a fase realmente é outra hoje e que o Furacão vai acabar o Brasileiro em situação muito melhor. E segundo ele e todos os jogadores, tudo graças a Renato Gaúcho.

“A gente vem, desde que o Renato chegou, fazendo ótima campanha. Uma vitória sobre o Atlético-MG neste começo de segundo turno é concretizar o que vem acontecendo”, disse o goleiro, que vê no jogo com os mineiros ponto essencial para não repetir o primeiro turno. “Sair do primeiro jogo do returno com os três pontos é muito bom para a gente, para tentar sair logo dessa situação incômoda em que a gente se encontra”, destacou Renan.

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Edílson, responsável pelo gol no empate em 1×1 com o Coritiba, enaltece principalmente o astral do grupo. Apesar de ter chegado quase junto com Renato Gaúcho, ele aponta a melhoria que o treinador conseguiu no elenco e que deixa o Furacão preparado para o novo desafio que começa nesta quarta-feira.
“O astral do Atlético é outro, o grupo sabe que vai ser muito complicado, sabe que é difícil, mas a equipe está preparada para tudo e sabe onde pode chegar. Estamos trabalhando para sair desta situação. Primeiro temos que sair da zona do rebaixamento e depois almejar coisas melhores”, declarou o lateral.

Camisa 1 vive ótima fase

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Renan Rocha tem se tornado jogador importante no Atlético desde que voltou ao gol como titular. Mesmo tendo começado bem, quando João Carlos deixou a equipe ainda no Campeonato Paranaense, o arqueiro teve de enfrentar momentos difíceis quando Adilson Batista assumiu o comando.

Renan perdeu a posição para Márcio, mas acabou voltando pelas falhas do colega. A fase de desconfiança que teve de superar já ficou para trás e o camisa 1 prefere exaltar a confiança que recebeu de Renato Gaúcho a reclamar do treinador que o tirou da equipe. “O Renato me deu confiança com o Tedeschi [preparador de goleiros] e eu vinha trabalhando para isso desde o começo do ano. Depois o Adilson Batista teve a felicidade ou infelicidade, não sei, de colocar o Márcio e eu acabei tendo a oportunidade de voltar”, comemora o goleiro.

Agora Renan é absoluto no gol e sábado, no Atletiba, mostrou porque mesmo antes de sair do time era opção certa para defender a meta. Mais uma vez, com belas defesas ele garantiu mais um ponto para o Furacão, assim como fez nos últimos sete jogos,. Mas lamenta ter tomado um gol no clássico. “Acho que todas as defesas são importantes, não sei quantas foram, mas são importantes para manter o resultado. Queria sair sem tomar nenhum gol, não foi possível, mas saímos com o 1×1”, comemorou Renan. E mesmo sendo peça fundamental para o resultado do jogo, o camisa 1 divide com os colegas os méritos. “O time todo jogou bem, o empate não foi meu, sozinho eu não conseguiria”, disse.