Atlético joga sem torcida, sem titulares, sem empolgação e sem gols

O Atlético segue sem nenhuma vitória no Brasileirão. Ontem, apenas empatou com o Fortaleza por 0 a 0, no Couto Pereira vazio. Era o segundo e último jogo da punição do STJD obrigando o Rubro-Negro a jogar fora de casa e com portões fechados. Como a cabeça estava totalmente voltada para a Copa Libertadores da América, o Furacão não foi nem sombra daquele que atropelou o Chivas Guadalajara na quinta-feira. Pior do que isso: continua sem vencer no Campeonato Brasileiro e segurando a lanterna da competição.

Depois da brava apresentação diante dos mexicanos, o técnico Antônio Lopes perdeu o volante Cocito, o meia Fabrício e o atacante Aloísio para o departamento médico. O treinador já não tinha o zagueiro Durval, o volante André Rocha e o atacante Lima, todos suspensos, e foi obrigado a usar uma equipe totalmente reformulada para pegar os cearenses. Até duas estréias, Paulo André e Beto, foram feitas e o resultado não poderia ter sido melhor que um placar nulo.

Lances de gol, até que aconteceram, mas tanto Diego quanto Bosco estavam espertos quando solicitados. O ex-atleticano Erandir tentou várias vezes e obrigou o arqueiro rubro-negro a mostrar que está mesmo em grande fase. O mesmo aconteceu do outro lado. O meia Fernandinho, que entrou no lugar de Leandro, que saiu machucado, tentou algumas vezes e quase fez. Só não conseguiu porque Bosco fez grande defesa.

Os treinadores ainda tentaram mudar o panorama da partida, mas as substituições realizadas não surtiram o efeito desejado. Melhor para o Tricolor do Pici, que veio a Curitiba com a intenção de não perder. Conseguiu, mas entrou na zona de rebaixamento. Na mesma em que o Atlético está desde o início. Com nove rodadas, o Furacão faz o pior início de Brasileiro da história e ainda não venceu ninguém.

11 horas dentro de um avião

Não é todo dia que um clube brasileiro freta um avião para viajar, muito menos para o México. Por isso, o Atlético embarca hoje para Guadalajara naquela que pode ser considerada a maior viagem em seus 81 anos de história. Além de estar muito próximo de conseguir uma vaga na final da Copa Libertadores da América, a delegação rubro-negra ficará 11 horas dentro do avião até seu destino final. Tudo para ganhar tempo e evitar ao máximo os contratempos de viagem em linhas comerciais.

?Foi uma semana diferente. A gente está acostumado a uma delegação de 32 pessoas e esta semana nós estivemos à frente de um planejamento de logística numa viagem em que estão indo também dirigentes, conselheiros e imprensa?, aponta Luís Fernando Cordeiro, coordenador de futebol profissional do Furacão. Segundo ele, a opção por um vôo fretado para viajar até o México foi para ganhar tempo e evitar o desgaste do elenco. ?A pedido da comissão técnica, a empresa BRA fez uma configuração diferente dos assentos para dar mais conforto aos jogadores?, revela Cordeiro.

Além do relativo conforto a mais, se é que dá para sentir conforto ficando 11 horas dentro de um avião, a outra vantagem será o menor tempo de viagem. ?O Atlético ganha no aspecto de ser um mesmo vôo, estarem todos concentrados, ganha em não ter atraso em conexões e a gente diminui a permanência em aeroportos e tem também a tranqüilidade de chegar e ter o avião para levar e de a bagagem seguir sempre na mesma aeronave?, destaca o coordenador.

Se tivesse que seguir em aviões de carreira, a delegação teria que ter viajado logo após a partida de ontem para São Paulo para embacar hoje pela manhã em direção à Cidade do México. No entanto, mesmo viajando num vôo fretado, o Furacão não está livre das escalas. A aeronave atleticana terá que parar para escalas técnicas (reabastecimento) em Manaus e Curaçao (arquipélado que faz parte das Antilhas Holandesas).

Programação

Como a saída do Aeroporto Afonso Pena está prevista para as 13h de hoje, o Atlético treina pela manhã no CT do Caju. Depois disso, somente a viagem para Guadalajara, com chegada prevista para a meia-noite, hora local, ou duas da manhã em Curitiba. Amanhã e quarta-feira, o Rubro-Negro treina no CT do Atlas, maior rival do Chivas no futebol mexicano.

Campeonato Brasileiro
9.ª Rodada
Local: Couto Pereira
Árbitro: Wilson de Sousa Mendonça (Fifa-PE)
Assistentes: Erick Bartholomeu Bandeira (Fifa-PE) e Jossemmar José Moutinho (PE)
Cartão amarelo: Dude, Márcio Goiano, Jorge Henrique, Danilo, Marcos Denner

Atlético 0 x 0 Fortaleza

Atlético
Diego; Danilo, Paulo André e Marcão; Jancarlos (Etto), Alan Bahia, Ticão, Leandro (Fernandinho) e Beto; Jorge Henrique e Cléo (Shumaker). Técnico: Antônio Lopes

Fortaleza
Bosco; Amaral, Márcio Goiano, Ronaldo Angelin e Giba; Erandir, Ernâni, Dude e Rinaldo (Marcos Denner); Clodoaldo (Lúcio) e Fumagali (Ígor). Técnico: Vágner Benazzi

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