Uma grande vantagem. Assim, o técnico Levir Culpi está encarando a possibilidade de acompanhar a partida Santos x Galo, hoje à tarde, na Vila Belmiro, enquanto prepara os últimos pontos da estratégia para enfrentar o Cruzeiro, às 18 horas de amanhã, no Mineirão. De camarote, o treinador rubro-negro saberá de antemão o que terá que fazer para assumir a liderança do Campeonato Brasileiro ou simplesmente se manter na segunda posição, além de torcer contra o principal adversário na busca pelo título da competição.
“Eu acho importante jogar sabendo o que você precisa, acho interessante porque você joga sabendo o resultado do adversário na mão”, aponta Levir. Para ele, sem uma vitória do Peixe, a motivação da equipe deverá ser bem maior. “Se o Santos perde, a gente pode ganhar e ficar isolado em primeiro. Então, você projeta psicologicamente as vantagens que a gente teria”, revela. Em caso contrário, segundo o treinador, o Rubro-Negro continua lutando para continuar em segundo.
Mesmo sabendo da vantagem que tem nas mãos, Levir não é muito favorável a essa diferenciação de datas entre as equipes líderes. “Eu não acho isso assim muito interessante. Quando o campeonato é de pontos corridos, tem que ir todo mundo junto e fechar junto. Quando começa a jogar as partidas para terça, sexta, dá aquela bagunça”, opina. Azar, desta vez, do Santos. Caso não consiga passar pelo Galo, terá que torcer muito contra a motivação que o Furacão terá para vencer o Cruzeiro e chegar ao topo da tabela pela primeira vez.
Dois fora
Para este confronto, o técnico Levir Culpi não poderá contar com o zagueiro Rogério Correia e o volante Fabiano. Os dois terão que cumprir suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. No lugar deles, os prováveis substitutos são o volante Bruno Lança, adaptado à zaga, e o meia William. Mesmo assim, o treinador irá manter o mistério até momentos antes da partida. Para confundir ainda mais o adversário, ontem, ele usou o zagueiro Ígor e o volante Pingo na equipe, mas a tendência é de Bruno Lança e William.
Hoje, Levir comanda o último treinamento do Atlético antes do confronto contra a Raposa. A delegação antecipou a viagem para Belo Horizonte na tarde de ontem e faz o último trabalho no CT do Galo, na cidade de Vespasiano (próxima à capital mineira). O provável time para amanhã deverá ter Diego; Marinho, Bruno Lança e Marcão; Fernandinho, Alan Bahia, William, Jádson e Ivan; Dagoberto e Washington.
Washington busca mais duas marcas
O atacante Washington já alcançou a marca de maior artilheiro do Atlético em campeonatos brasileiros, ao lado de Kléber e Alex Mineiro, com 17 gols, mas não quer parar por aí. Quando entrar em campo, amanhã, ele terá a chance de igualar e até ultrapassar os 18 gols que fez pela Ponte Preta no Nacional de 2001. Motivação para isso não falta. O coração valente quer deixar seu nome na história do Rubro-Negro e correr atrás de Alex Dias, do Goiás, atual líder da artilharia da competição, que tem 20.
“Eu pretendo ajudar a minha equipe primeiro para tentar ser campeão, mas se for para buscar a artilharia já espero que seja na próxima partida. O quanto antes, melhor”, diz. Mesmo assim, ele sabe que é difícil tirar os três gols de diferença que o goiano tem de vantagem. “O Alex tem que ser respeitado, está num bom momento e fazendo gols e eu estou devagarinho ajudando a equipe e, quem sabe, no final, eu seja feliz”, sonha.
De qualquer forma, o atacante é taxativo e vai em busca de todas essas marcas. “A gente vive de desafios e eu sempre quero melhorar. Eu sou daqueles que me cobro para melhorar as minhas marcas. A minha melhor marca é 18 gols em 2001 e tenho grandes chances de alcançar”, destaca. Mas, ainda restam 16 rodadas para o final do Brasileirão e muitas chances para ele bater esses números. “É claro que são mais jogos, só que se for ver a média, dá para ver que eu estou no mesmo nível”, finaliza.