Na Arena

Atlético joga pela sobrevivência do turno

O Atlético entra em campo hoje, às 19h30, na Arena da Baixada, para enfrentar o Roma Apucarana, num confronto que pode definir o futuro do clube no 1.º turno do Campeonato Paranaense. Uma derrota, ou simples empate, tornaria o título desta primeira etapa – classificatória à final da competição -, um objetivo muito distante.

Com duas vitórias, duas derrotas e na 7.ª colocação, o técnico Sérgio Soares também está sob pressão. Como ele mesmo frisa, “futebol é feito de resultados”. Por isso, um novo tropeço em casa pode custar caro e tirar a “tranquilidade” de um cargo instável, por natureza, no Brasil. Aliás, no Atlético a instabilidade dos treinadores é um tanto corriqueira, principalmente no Estadual.

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O treinador está ciente da necessidade da vitória, da possibilidade de perder o posto, mas não se sente ameaçado. “Eu não tenho este receio, temos convicção do que estamos fazendo. Sabemos que tem que reverter esta situação e, se acontecer [a saída], isso o presidente que tem que responder. Veja o Muricy [Ramalho]. Esteve no São Paulo um bom tempo, e quando os resultados deixaram de acontecer ele saiu. Futebol é resultado e aqui não é diferente”, acrescentou Soares.

Em meio à turbulência com os resultados pouco satisfatórios, as orientações nos treinamentos e as chamadas de atenção nos vestiários para que o time encontre força para reverter os placares negativos que já se tornaram rotina, mas tem sido suficientes. Assim, as conversas também estão ganhando força, porém em tons mais enfáticos no dia seguinte aos jogos.

Após o retorno de Ponta Grossa, Soares partiu para uma reunião “mais pesada” com os jogadores. “Em determinados momentos se faz necessário [a bronca]. Sempre digo, estou no futebol há 30 anos e, no vestiário, no pós-jogo, é tomar banho e ir para casa. Se não dá problema. No outro dia, com cabeça fresca você consegue colocar tudo o que quer”, explicou Sérgio Soares.

Mesmo com todas as palavras ditas, Soares parece estar discursando sem ouvintes, insistindo em pedir mais atenção, dando broncas, tentando fazer as correções, mas no jogo assiste a uma repetição de erros. Cansado de falar sozinho, o treinador adotou agora uma nova tática. “Quando você passa, orienta e não tem uma resposta você tem que trocar as peças”, afirmou.

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