Lutar contra a zona de rebaixamento tem sido algo sistemático para o Atlético, desde que o clube retornou à elite do futebol, em 1996. Nestes 16 anos em que disputa a Série A, o Furacão ocupou a zona da degola em 11 temporadas. Apenas em 1999, 2000 – quando não houve rebaixamento -, 2001, 2002 e 2003, o Rubro-Negro não experimentou o sabor amargo de estar na área de degola.

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Até o final de semana passado, a equipe totalizava 502 rodadas na elite (sem contar 2000, quando houve a Copa João Havelange) sendo 106 (21,6%) entre os times que cairiam para a Série B. Ou seja, a cada cinco jogos, em um o Atlético frequentou a ZR.

Uma marca que pode ser dividida em duas eras: a Petraglia e a de Marcos Malucelli, atual presidente do clube. Com o primeiro, foram 57 rodadas lutando para não cair, enquanto que com o segundo são 49 (50, se contar a rodada de hoje, uma vez que, mesmo vencendo o São Paulo, o Atlético (18.º) não passa o Cruzeiro (17.º)). A diferença é que com Petraglia foram 13 anos, enquanto Malucelli assumiu o poder a apenas três temporadas – desde 2009. O equilíbrio nos números, em tamanha diferença de tempo, se deve justamente a 2011, onde o Furacão ficou livre da degola apenas uma vez em 34 jogos já disputados.

Vale lembrar que, até 2002, o Campeonato Brasileiro ainda não vivia a era dos pontos corridos. Além disso, houve anos, como 1996, 2004 e 2006, em que o Atlético esteve na ZR apenas nas primeiras rodadas, sem correr risco efetivo de rebaixamento. A ameaça real começou mesmo em 2005, quando o Furacão, focado na reta final da Libertadores, obteve a primeira vitória apenas na 11.ª rodada.

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Porém, logo depois embalou e se livrou de qualquer risco. Em 2010, o time começou mal, parecendo que teria mais uma temporada apertada, mas após a paralisação por conta da Copa do Mundo embalou e a briga final foi por uma vaga na Libertadores.

Houve ainda o Brasileirão de 1997, quando o Atlético já entrou no campeonato na ZR. O clube começou com cinco pontos negativos, devido ao escândalo Ivens Mendes – presidente da comissão de arbitragem da CBF, na época -, por seu envolvimento no caso de corrupção no futebol. Por isso, a equipe demorou seis rodadas na zona de rebaixamento, até se livrar de vez do perigo.

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Nada comparável a 1998, quando o Furacão precisou encaixar seis vitórias consecutivas na reta final da 1.ª fase para se livrar da queda. Já em 2008, o alívio veio apenas na última rodada, enquanto em 2009 o escape aconteceu na penúltima.