Atlético imita europeus e troca massagista por fisioterapeuta

A busca pela ?modernidade? está tirando uma das figuras mais queridas da torcida do Atlético de dentro dos gramados.

O massagista Edmilson Aparecido Pinto, o Bolinha, pode perder seu lugar no banco de reservas, após 13 anos participando de todos os jogos do Furacão.

A ausência de Bolinha foi notada pela torcida no jogo contra o Nacional, no último sábado, na Baixada. Fora da lista de relacionados para compor o banco, ele assistiu ao jogo pela televisão, na sala de imprensa do estádio.

Segundo o diretor do departamento médico do Furacão, Paulo Roberto Brofmann, Bolinha ficou fora do banco devido a uma experiência que está sendo avaliada pelo clube. ?Estamos testando o modelo adotado na Europa, onde quem acompanha o médico no banco é um fisioterapeuta?, revela.

Brofmann diz que a mudança não vai interferir no dia-a-dia de Bolinha. ?A rotina dele continua a mesma no CT do Caju e no vestiário, onde continua fazendo seu trabalho, suas massagens e sua reza. De maneira alguma estamos afastando o Bolinha, que é uma pessoa muito querida por todos nós?, ressalta o médico.

Quem pode herdar o lugar de Bolinha é o fisioterapeuta Bernardo Galera, que ficou no banco na partida contra o Nacional. ?Vamos colocar o fisioterapeuta para ajudar o médico no diagnóstico das lesões. É mais um passo em direção à modernidade?, explica Brofmann.

A novidade pode significar o fim de uma tradição de mais de uma década. Bolinha chegou ao Atlético em outubro de 1993. Desde então, foram mais de mil jogos e dez títulos com o Furacão. ?Só fiquei fora de uma partida. Um amistoso contra o Batel, em Guarapuava?, garantiu em entrevista ao Paraná-Online, em dezembro de 2006. Ontem, ele não atendeu os telefonemas da reportagem.

Presente em todos os pôsteres de campeão pregados na parede por toda uma geração de atleticanos, o massagista se tornou um ídolo da torcida. O nome de um ou outro jogador, às vezes até mesmo do time inteiro, pode ser esquecido pela galera antes dos jogos.

Mas o de Bolinha é sempre lembrado em coro pelas arquibancadas da Baixada.

De acordo com o chefe do departamento médico atleticano, a ausência de Bolinha dos gramados pode não durar muito. ?Não há nada definitivo.

Por enquanto, estamos apenas testando esse novo modelo. Vamos fazer também uma avaliação clínica do Bolinha, que pode até voltar para o banco?, conclui Paulo Brofmann.

Ventania entra em ação no interior

Após a goleada de 5 a 1 sobre o Nacional, o Furacão fica mais uma rodada longe do Paranaense. Amanhã, às 21h, o Ventania volta à cena, contra o Paranavaí, mas desta vez reforçado com uma das principais contratações do Atlético para a temporada.

O lateral-direito Nei, que fez sua estréia no segundo tempo da partida contra o time de Rolândia, no último sábado, viajou com o time B para o interior do Estado. A idéia da comissão técnica é dar mais ritmo de jogo ao lateral, para que ele possa disputar com Jancarlos a posição de titular do Furacão.

?Estou há um tempo parado, então quanto mais eu jogar, mais ritmo posso pegar. Podemos até treinar forte e fazer muitos coletivos, mas no jogo você vai até mais inspirado?, explica Nei, que se destacou na Ponte Preta no último Brasileirão e foi contratado no início do ano pelo time da Baixada.

A outra lateral também terá novidades contra o Paranavaí. Pela esquerda, Stanley ganha o lugar de Rodrigo Crasso e sua primeira oportunidade em 2007. O restante do time será o mesmo que atuou no empate de 3 a 3 contra o Londrina, na última quarta-feira.

O técnico Ivo Secchi aproveitou a semana de folga do Ventania para tentar corrigir aquele que tem sido o ponto fraco da equipe. ?Temos hoje o melhor ataque da competição (17 gols). E agora temos que evitar tomar gols, principalmente em jogadas de bola parada?, afirma o treinador.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo