“A equipe foi bem, uma apresentação boa. Tudo aquilo que foi treinado, aconteceu. Os gols saíram de jogadas elaboradas no treino”. Assim o técnico Antônio Lopes sintetizou o futebol apresentado pelo Rubro-Negro na noite de ontem em São Paulo. E complementou: “No futebol não existe perfeição, mas o Atlético foi quase perfeito”.
O Delegado enalteceu a atuação de seus jogadores e disse que a grande arma do time foi, sem dúvida, a velocidade imposta por Wallyson e Wesley nos contra-ataques. Também fez questão de elogiar a postura do sistema defensivo, que anulou Ronaldo e as principais peças do Alvinegro. “O Ronaldo finge que está morto para iludir os zagueiros. Tinha que ter atenção e marcação bem encostada com outro na sobra. O Ronaldo é malandro, já foi meu jogador. Não podíamos deixar que ele se posicionasse entre os dois zagueiros. E isso foi feito. Os volantes também tiveram papel importante para tomar a bola quando o Fenômeno fazia o papel de pivô. Não podíamos dar boa vida a ele”, comentou Lopes sobre o comportamento de seus defensores.
A vitória fora de casa e contra uma grande equipe foi apontada por jogadores e pelo treinador como o impulso que faltava para todos acreditarem que o Atlético tem potencial para buscar algo mais no campeonato. “Uma vitória sempre representa muito em termos psicológicos. O time ganha mais confiança e começa a acreditar que pode ganhar fora. O jogo contra o Palmeiras, da forma que aconteceu, acrescentou muito em termos psicológicos à equipe. Ela viu que tem condições de jogar de igual para igual com as grandes equipes”, analisou o Delegado. No entanto, apesar da euforia diante da ótima apresentação, o treinador alerta que o foco do Atlético continua sendo escapar cada vez mais da ZR.