Marcão e William não tiveram piedade
de Romualdo, quando o Figueira botou
pressão no 1.º tempo.

Sem quatro jogadores titulares, o Atlético conseguiu apenas um empate por 1×1 diante do Figueirense, ontem, em Florianópolis. Com o resultado, o Rubro-Negro caiu para a quinta posição no Campeonato Brasileiro. O próximo compromisso será o Paysandu, domingo, na Arena, e o técnico Levir Culpi não poderá contar com o zagueiro Marcão, o meia Fernandinho e o volante Bruno Lança, todos suspensos.

Tudo o que o treinador atleticano previu acabou acontecendo, mas também o que ele não queria. Com o gramado ruim do estádio alvinegro, as jogadas aéreas se tornaram a principal arma das duas equipes. Melhor para o Figueirense, acostumado a jogar no Estreito e que necessitava correr atrás de uma vitória para se reabilitar. Mais técnico e leve, os contra-ataques, principal arma rubro-negra, se tornaram mais difíceis. Muito marcado, Dagoberto não conseguiu repetir a mesma atuação que teve contra o São Paulo.

Outra preocupação do treinador era com a defesa. Levir não queria tomar o primeiro gol e evitar uma euforia dos catarinenses, mas foi justamente isso o que aconteceu. Num lance muito reclamado pelos atleticanos, o árbitro Carlos Eugênio Simon anotou uma penalidade num lance polêmico. Um dos assistentes viu a mão de Alan Bahia na bola e assinalou o lance. “Ele inventou. Não sei o que aconteceu, mas coisas estranhas estão ocorrendo contra nós”, desabafou o goleiro Diego.

Na cobrança, Izaías mostrou estilo e tirou o arqueiro do lance para abrir o placar. A partir daí, o time da casa se tranqüilizou e passou a explorar os contra-ataques. Éverton e Mazinho chegaram com perigo e a defesa precisou se desdobrar par afastar o perigo. Enquanto isso, Ivan e William tentaram, mas esbarraram no goleiro Édson Bastos.

Para o segundo tempo, o Figueirense continuou na mesma e pressionando, com o apoio da torcida. Levir percebeu a ineficácia do sistema 3-5-2 e mudou para o 4-4-2 colocando Edivaldo e Raulen no lugar de Dennys e Ígor. Tudo mudou e a pressão passou para cima do goleiro Édson Bastos. Mesmo não mostrando um grande futebol, a força de vontade acabou sendo fundamental para o empate.

Após um bate e rebate na área, Raulen aproveitou a sobra e só completou. Com o gol sofrido, Dorival Jr. trocou todo o pessoal da frente e colocou o time no abafa. Marlon e Cléber tentaram de cabeça e não tiveram sorte, além de Paulo Sérgio, que cobrou uma falta próximo do gol. O troco veio com William, que arriscou de fora da área e obrigou Édson Bastos a espalmar. A bola ainda bateu na trave e saiu para a linha de fundo.

CAMPEONATO BRASILEIRO
25.ª Rodada
Local: Orlando Scarpelli (Florianópolis)
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Assistentes: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e José A. Chaves Franco F.º (RS)
Gol: Izaías aos 20 do 1.º tempo e Raulen aos 20 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Cléber, Bruno Lança, Éverton, Marcão, Fernandinho
Renda: R$ 57.519,00
Público pagante: 7.605
Público total: 8.809

Figueirense 1 x 1 Atlético

Figueirense
Édson Bastos; Paulo Sérgio, Márcio Goiano, Cléber e André Santos; Jeovânio, Éverton, Nenê e Mazinho (Oliveira); Izaías (Marlon) e Romualdo (Vágner). Técnico: Dorival Silvestre Jr.

Atlético
Diego; Ígor (Raulen), Rogério Correia e Marcão; Fernandinho, Alan Bahia, Bruno Lança, William e Ivan (Pingo); Dennys (Edivaldo) e Dagoberto. Técnico: Levir Culpi.

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