O Atlético voltou a patinar no campeonato brasileiro e só empatou ontem com o Palmeiras na Arena da Baixada. Apesar do maior volume de jogo, o Rubro-Negro foi pouco eficiente nas finalizações e ficou no 0 a 0 com o clube paulista.
Com o resultado, o time do técnico Levir Culpi volta a cair na tabela, mas mantém a distância de cinco pontos para o líder da competição. O próximo compromisso do Furacão será contra o Goiás, na terça-feira, também em casa.
Não era um jogo fácil e o Atlético não teve moleza na primeira etapa. Primeiro, pelo gramado escorregadio, que dificultava o domínio e toque rápido, característica do time do técnico Levir Culpi. Segundo, o árbitro da partida foi condescendente demais com os jogadores do Palmeiras e rigoroso demais com os atleticanos. O jogo ficou truncado e as “bolas paradas” se tornaram a principal arma para os dois lados.
O problema é que nem Washington, nem Kahê tiveram jogadas construídas para poderem finalizar. A partida circulou demais pelas intermediárias e poucas vezes passou pelas áreas, tanto a de Sérgio, quanto a de Diego. O lance mais perigoso saiu de um contra-ataque do time paulista. O meia Corrêa avançou pela esquerda, invadiu a área e chutou na saída de Diego. Para sorte rubro-negra, Alan Bahia deu a cobertura necessária ao arqueiro e tirou a bola, para a linha de fundo.
Fora isso, muito pouco. O esforçado lateral-direito Raulen chutou uma bola perto. O zagueiro Marinho, tentou de cabeça, mas também não teve precisão, o que aconteceu também com o atacante Kahê. No mais, muita raça, disposição, correria e quase nada mais. Para melhorar a situação e tentar criar mais na meia-cancha, Levir trocou Jádson por Adriano no intervalo.
A mudança pouco alterou o panorama da partida ou, até piorou, pois não teve referência na meia para distribuir a bola. Gabiru correu bastante, mas não ajudou a criar mais jogadas. Pelo contrário, chegou até a se desentender com um companheiro. Melhor para o Palmeiras, que preferiu o antijogo e continuou investindo mais nas faltas do que na criação. Nesse quesito, foi feliz. O árbitro continuou fazendo vistas grossas e entre vários erros para ambos os lados, deixou de expulsar o zagueiro Nen, pelas seguidas faltas.
Quando tentaram jogar, não produziram muito, como no primeiro tempo. A melhor chance, dessa vez, acabou sendo rubro-negra. E, dos pés do zagueiro Marinho, após uma tentativa de bicicleta na área alviverde. Fora isso, uma reclamação de bola na mão, mas dessa vez o árbitro foi bem. No mais, a insistência em tentar jogadas pelo meio e muito individualismo. Assim como na troca de Jádson por Adriano, Levir foi infeliz nas saídas de Marcão (Ivan não acrescentou nada) e de Washington, que vinha sendo a referência e chamava a atenção dos zagueiros. O treinador tomou vaia e Ilan, que entrou, nem tocou na bola, nos minutos finais.