Atlético fecha acordo para concluir Arena

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Em breve a Arena da Baixada
vai ficar assim.

As boas notícias não pararam de inundar o Atlético nesta sexta-feira. Uma reunião entre representantes do clube e do Expoente, com ciência do outro proprietário do terreno onde está o colégio, Marcelo Gava, sacramentou o acordo que vai permitir a conclusão da Arena.

No acordo assinado ontem à noite pelos advogados do Atlético, Marcus Malucelli, do Expoente, João Casillo, e o dono do colégio, Armindo Angerer, e sob supervisão do vereador e conselheiro atleticano Mário Celso Cunha, a instituição de ensino se compromete a ceder imediatamente a parte necessária para o Rubro-Negro finalizar as obras do estádio. Segundo o Expoente, a perda do espaço onde funcionam um laboratório e duas canchas esportivas não vai prejudicar o andamento de suas atividades escolares. O colégio também assumiu compromisso de liberar definitivamente o terreno em 31 de dezembro de 2006, quando estará concluída a nova sede da escola na Rua Deputado Mena Barreto Monclaro, também no Água Verde. Em troca, o Atlético abre mão da dívida de cerca de R$ 3 milhões referente aos oito anos de aluguel atrasado.

Marcelo Gava, dono de 50% do terreno, liberou a parcela do terreno para que o Atlético inicie as obras. Paralelamente, o proprietário segue brigando com o Expoente pela dívida contraída pelo colégio.

Logo depois da partida de quarta-feira, contra o São Paulo, o Atlético desmonta a arquibancada móvel instalada apenas para o primeiro jogo da final da Libertadores. Na segunda-feira devem começar as obras para conclusão definitiva da Arena. Inicialmente, será erguido o primeiro anel da reta oposta às cadeiras superiores, setor que deve ficar pronto até o final do ano. Na etapa seguinte do projeto, o Atlético constrói boa parte do segundo anel – o restante só será concluído após a desocupação completa do colégio, pois uma parte do prédio do Expoente atrapalha a execução da obra.

Além de sonho antigo da torcida rubro-negra, que não ouvirá mais a chacota dos rivais a respeito do "meio-estádio", a conclusão da Arena é quase uma obsessão do presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia. O fim das obras, que devem durar pouco menos de um ano, aumentará a capacidade do Joaquim Américo de 23.500 para cerca de 40 mil espectadores. Além de evitar transtornos como o que envolveu a final da Libertadores, o Rubro-Negro terá chance de ceder sua casa para a Copa do Mundo de 2014, que deve ser realizada no Brasil.

Decisão será na Arena

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Quase 200 homens vão trabalhar
24 horas por dia para montar a arquibancada tubular.

Um dia depois de ver seu time despachar o Chivas, o torcedor atleticano tem mais um excelente motivo para comemorar: vai poder assistir em casa ao primeiro jogo da final da Libertadores. Uma negociação "a jato", na tarde de ontem, praticamente definiu que a Arena sediará a partida contra o São Paulo, quarta-feira, às 21h45.

Para adequar o estádio ao regulamento da competição, o Rubro-Negro começou ontem mesmo a construir arquibancadas tubulares (móveis) no terreno onde está o Colégio Expoente. O novo espaço terá capacidade para 16.800 torcedores – que somando-se aos 24 mil lugares que a Arena já possuía, conforme protocolado na Conmebol, atinge o limite mínimo de 40 mil exigido.

A estrutura será a mesma usada no Pinheirão, no jogo entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Duzentos funcionários da empresa de engenharia contratada pelo Atlético começaram no fim da tarde de ontem a derrubar o folclórico "pombal" e o muro que divide a Arena com o Expoente. (CS)

Petraglia motiva jogadores dando prêmio da Libertadores

Rodrigo Sell

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De sombreiro e tudo, Petraglia
anunciopu que a premiação de mais
de R$ 3 milhões será dividida entre os jogadores e a comissão técnica.

"Caso o Atlético seja campeão da Copa Libertadores, o prêmio será todo de vocês, jogadores e comissão técnica." Mal tinha partido o avião fretado pelo Rubro-Negro e o presidente do conselho deliberativo Mário Celso Petraglia anunciou a boa-nova a todos via sistema de som da aeronave. Assim, em caso de conquista, o elenco terá direito a US$ 1,44 milhão (R$ 3,35 milhões). Um motivo a mais para ir em busca da conquista da América diante do São Paulo.

Já eram quase quatro horas da manhã, no horário de Brasília, pouco depois da partida do vôo de regresso para Curitiba, quando o dirigente se encaminhou para a parte dos fundos do avião. Com seu jeito tímido, escondido, pegou o microfone e anunciou que o acordo com os jogadores estava "rompido". "Aquele compromisso nosso de 50%, que o clube vem cumprindo porque vocês têm merecido, resolvemos que dessa vez será 100%", anunciou.

Os aplausos, tanto dos jogadores, comissão técnica, membros da delegação e torcedores foram inevitáveis. A decisão foi tomada na chegada ao aeroporto, na sala de embarque, entre os dirigentes presentes. "Isso é o mínimo que nós poderemos fazer. Um grande abraço a vocês, uma boa viagem e muito obrigado, pelo Petraglia, e por toda a diretoria do Atlético", finalizou.

Com o clima de descontração e de felicidade geral pela classificação do Furacão para a final da Libertadores, o dirigente até posou para fotos com um sombrero mexicano. Tudo em nome da alegria e da confiança na busca do título inédito. "Nós, dirigentes, estamos todos e, acredito que vocês (jogadores) também estejam com uma felicidade imensa no coração. Pela primeira vez, uma equipe do Paraná chega à final da Libertadores", comemorou Petraglia.

Mesmo com a motivação extra, os jogadores garantem que essa atitude da diretoria não irá mudar a busca do caneco. "Dinheiro nenhum no mundo traria maior felicidade, uma maior satisfação pessoal que nós vamos ter com uma conquista de título. Claro que a diretoria incentiva, isso é bom, a gente sabe que eles estão juntos com a gente, e nós não podemos nos acomodar aqui aonde chegamos", apontou o goleiro Diego.

Rubro-Negro poupa titulares contra Brasiliense

Se o Atlético da Copa Libertadores era um e do Campeonato Brasileiro era outro, agora é que essas diferenças serão mantidas. O técnico Antônio Lopes decidiu poupar todos os titulares para o torneio continental e vai enfrentar o Brasiliense, às 18h10 de amanhã, com um time reserva. Da delegação que voltou ontem de Guadalajara, após o empate contra o Chivas, apenas metade da comitiva desceu em Brasília, local da partida contra o Jacaré.

Quem atuou desde o início contra os mexicanos ganhou um descanso para se recuperar para as finais. Assim, o time para amanhã deverá ter Tiago Cardoso (dir. na foto); Etto, Paulo André, Tiago Vieira e Beto; Ticão, André Rocha, Ferreira e Rodrigo; Jorge Henrique e Cléo. A principal novidade fica por conta da provável estréia do colombiano David Ferreira, que ganhou condição de jogo e deverá ser utilizado pelo treinador.

Na rodada seguinte, no clássico contra o Coritiba, a mesma estratégia deverá ser adotada, com um time misto ou mesmo reserva atuando para que os titulares sejam poupados para o confronto final contra o São Paulo. (RS)

Lima é o grande herói atleticano

Que o atacante Lima tem sido um herói para o Atlético na Copa Libertadores da América todo mundo sabe. Os seis gols marcados pelo artilheiro do Rubro-Negro na competição mostram isso. O que pouca gente sabe é que o jogador se transformou num exemplo para os companheiros de time. E não é para menos. Depois de ser vaiado pela exigente torcida do Furacão, ao menor erro, conseguiu superar a rejeição e hoje é um dos principais ídolos do time entre os torcedores.

"Para nós, tem sido uma peça fundamental no esquema do professor Antônio Lopes e só temos que elogiá-lo, porque não é qualquer um que consegue reverter o que ele passou no começo", analisa o lateral-esquerdo Marcão. Ele cita um exemplo prático de como as coisas estavam. "Às vezes, eu errava o passe para ele e a torcida ficava vaiando ele. Então, superar isso só jogador que tem personalidade e o Atlético precisa disso", elogia.

Para o zagueiro Danilo, não é preciso nem terminar a pergunta, que ele já atira. "Ele é o cara! Nos momentos mais difíceis, ele mostrou a qualidade fazendo muitos gols importantes para a gente chegar à final", destaca. Esse ápice, para o zagueiro, acabou sendo a primeira partida da semifinal contra o Chivas, quando Lima saiu de campo aplaudido de pé. "Ele se superou. Em nenhum momento deixou se abater com as críticas e mostrou dentro de campo que tem condição de vestir a camisa do Atlético", aponta.

Mesmo com tudo isso, elogios e muita tietagem no vôo de volta de Guadalajara, a ficha parece que ainda não caiu para o atacante pela importância dos gols marcados no Estádio Jalisco. "Ainda não caí na realidade, mas estou com uma emoção muito grande e é bom fazer dois gols, ainda mais ajudando o time a chegar na final", revela Lima.

Apesar do crédito, ele mantém a modéstia e espera que os problemas que teve com a torcida, que até pediu para ele ser dispensado, estejam superados. "Tomara. Aquele comecinho de ano foi difícil para mim, é difícil para o jogador suportar o torcedor vaiando o próprio time, mas consegui dar a volta por cima e o torcedor está do meu lado", analisa. De qualquer forma, a três gols do artilheiro da Libertadores (Salcido, com 9) ele garante que o ritmo do time vai ser mantido. "A gente está numa caminhada muito boa e temos que continuar assim, com a mesma pegada, a mesma humildade para a gente conseguir o algo mais que é o título", finaliza. (RS)

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