Dinheiro em caixa e consequentemente mais tranquilidade para administrar o clube. É isso que o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Gláucio Geara, irá revelar aos conselheiros na reunião marcada para hoje à noite na Arena.

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A reversão de uma dívida de R$ 18 milhões em 2008 para um superávit de R$ 10,5 milhões em 2009 é um fato a ser comemorado, pois foi conquistado graças ao aumento de receita do clube e a política de contenção de gastos adotada na gestão Marcos Malucelli.

Entretanto, a torcida – um dos principais responsáveis por essa transformação econômica no Rubro-Negro – não está muito contente, já que os resultados obtidos no campo de jogo estão longe de ser enaltecidos.

Para se ter uma ideia da atual força do torcedor no aspecto financeiro do clube, os valores arrecadados em 2009 através do plano de sócios são praticamente os mesmos pagos pelas cotas de televisão, que representam a segunda maior receita do clube. A principal fonte de manutenção do Atlético continua proveniente da transferência de jogadores -vendas e empréstimos. (ver quadro)

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Balancete

De acordo com dados obtidos pelo Paraná Online, em 12 meses, o Atlético equilibrou as finanças e conquistou um montante que, se não é tão significativo, dá tranquilidade à administração.

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O superávit de 10,5 milhões se deve principalmente à austeridade na administração que conseguiu aliviar consideravelmente as despesas.

Em um ano ocorreu uma economia de R$ 10 milhões. Os gastos totais foram reduzidos de R$ 62 milhões para R$ 52 milhões.

Também houve um bom incremento nas receitas do clube devido à negociação de jogadores, ao aumento no valor pago pela televisão e crescimento do plano Sócio Furacão.

A receita do clube subiu em um ano de R$ 44 milhões para R$ 63 milhões. O item transferência de atletas gerou ao Furacão quase R$ 23 milhões, bem diferente de 2008 quando o clube lucrou pouco mais de R$ 13 milhões.

Isso se deve em parte às transações realizadas por outros clubes nas quais o Atlético detinha participação nos direitos econômicos de atletas. Como o caso de Michel Bastos (vendido do Lille para o Olympique Lyonnais) e Cristian (vendido do Corinthians para o Fenerbahce). Ressalta-se que em 2009, o Furacão recebeu apenas a primeira das três parcelas referentes a negociação desses atletas.

O televisionamento ainda representa a 2.ª maior receita do Rubro-Negro e rendeu quatro milhões a mais em relação a 2008.

A quantia paga pela TV alcançou 13,7 mi. No entanto, o incremento mais significante na receita foi gerado pela torcida.

Além de ela levar o time nas costas nas últimas temporadas, com muito entusiasmo durante os jogos, a contribuição aos cofres através do Plano Sócio Furacão subiu de aproximadamente R$ 7,5 milhões para quase R$ 12,5 mi, aumento superior a 50%.

E a tendência é que essa participação aumente ainda mais, já que o plano de sócios sofrerá reajuste anual em seus valores e ainda há cadeiras para serem negociadas.

Outro dado relevante no balancete rubro-negro é quanto ao pagamento de dívidas de curto prazo, o passivo circulante. Em um ano baixou de R$ 22,5 milhões para R$ 15,3 milhões. Ou seja, o excedente também foi utilizado para abater dívidas.