Além de exigir reformas na Arena da Baixada, a Copa do Mundo de 2014 também exigirão mudanças no comportamento da torcida do Atlético. Como a adequação do estádio vai extinguir o fosso do estádio, os frequentadores não terão mais separação entre arquibancada e o gramado.

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Para evitar invasões no Mundial, a Câmara de Ética e Disciplina (CED) do clube vai desenvolver uma cartilha com orientações aos rubro-negros. O documento ainda não tem data para ser apresentado. Antes, a Câmara deverá fazer um estudo para avaliar a melhor maneira de iniciar o trabalho educativo.

“É um processo bem lento, que devemos cuidar para não criar impacto e reação negativa. Este é um momento de união, as atenções estão voltadas para o time. Precisamos de medidas bem sutis”, explicou Rafael Fabrício de Melo, membro efetivo da Câmara.

O trabalho de orientação aos torcedores não é uma tarefa desconhecida para os membros da comissão. O setor Brasílio Itiberê, inaugurado no ano passado, já sem o fosso, está servindo de laboratório para a CED, que já conseguiu os primeiros resultados positivos em relação ao comportamento da torcida.

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“No setor novo existe vidro. Ali, estaríamos completamente sujeitos a uma invasão. Neste aspecto, temos que parabenizar o torcedor. Claro que temos seguranças de prontidão, mas nosso torcedor está muito consciente de que não pode invadir o campo e arremessar de objetos”, acrescentou Rafael.

Há um ano em funcionamento, os integrantes da CED já sentem a diferença que a implantação do órgão surtiu na torcida. Com o plano de sócio-torcedor, o clube precisou se adequar, criando formas de garantir ainda mais a segurança e comodidade dos frequentadores da Baixada, agora contribuintes fixos do Atlético.

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Desde a criação, em janeiro de 2009, vários casos foram levados à câmara, porém, ainda não há registro de expulsão do quadro de sócios. A punição mais severa foi uma suspensão.

Por ser um órgão sem vínculo com os conselhos, a Câmara tem autonomia para tomar as medidas necessárias caso a caso. “A câmara trouxe responsabilidade por parte do torcedor que precisa ter compromisso com o clube. Assim ele pensa duas vezes antes de causar dano ao clube. Antigamente isso não existia. Torcedores se agrediam, agrediam a diretoria. Hoje, o respeito é muito grande”, destacou Rafael de Melo.

Outro ponto que ajudou a acabar com confusões dentro do estádio foi a implantação de câmeras de segurança. São 72 espalhadas em vários pontos, colocada em locais específicos para ajudar o monitoramento da torcida. “Já temos experiência em jogos para detectar uso de entorpecentes através das câmeras”, explicou o integrante da CED.