O Atlético não fez o dever de casa e pode ter se complicado nesta reta final de campeonato. Ontem na Arena, o Rubro-Negro não passou de um empate (1×1) com o Cruzeiro e saiu vaiado pela sua torcida. Com o resultado, o time somou um pontinho e fica com a mesma pontuação de Coritiba e Vitória que ainda jogam nesta rodada. Agora o time paranaense deixa de lado os gramados e volta suas forças para secar os adversários diretos na briga pelo descenso. O mais interessante para o Furacão é torcer pelas derrotas de Fluminense e Botafogo que jogam respectivamente com Sport e São Paulo. O próximo compromisso do Atlético será contra o Botafogo também na Arena.
O Atlético tomou a iniciativa do jogo empurrado pela torcida e necessidade de vitória. Teve mais posse de bola, porém pouco incomodou o Cruzeiro. O goleiro Fábio fez apenas uma boa defesa, nos acréscimos do primeiro tempo, em uma cobrança de falta de Paulo Baier. No mais, chutes esporádicos e sem pontaria de Wesley. Os jogadores rubro-negros tocavam a bola, mas não conseguiam penetrar no sistema defensivo celeste. Quando tentavam através de lançamentos, forçavam muito os alas e nada dava certo. Com o tempo passando e sem opção para saída de bola, mais uma vez os zagueiros apelaram e exageram nos chutões para frente.
O time mineiro, por sua vez, também só criou uma oportunidade. Entretanto, a melhor do 1º tempo. Num contra-ataque rápido, lançamento para Fabrício que avançou e chutou fraco para defesa de Galatto. E só.
Os dois times saíram para o intervalo contrariados pela pouca produtividade em campo. “Tem que colocar a bola no chão e jogar. O Cruzeiro está deixando jogar”, disse o zagueiro Bruno Costa. O atacante Thiago Ribeiro, pelo lado cruzeirense também reclamou do seu time. “Fugimos de nossa característica que é tocar a bola. Não tem necessidade de tanto chutão”, comentou.
Para a etapa final, a falta de mobilidade e velocidade apresentada no 1º tempo foi corrigida. E o Atlético encaixou boas jogadas pelas laterais. Aos 6 minutos, Marcinho, sozinho, perdeu a chance de abrir o placar cabeceando errado. Mas se redimiu na sequência. Aos 28, o artilheiro atleticano no Brasileiro marcou seu 11º gol na competição. De cabeça após um precioso passe de Paulo Baier.
Depois do gol, o jogo ficou franco com os dois times se atirando ao ataque. O Furacão perdeu boas chances devido ao preciosismo de alguns atletas. O Cruzeiro pressionou nos minutos finais e aos 45 minutos empatou. Cobrança de escanteio e Leonardo Silva cabeceou sem chances para Galatto.
