Sem conseguir chegar a um acordo com o Coritiba, para usar o Couto Pereira na Série B do Campeonato Brasileiro deste ano, e sob o risco de também perder a parceria com o Paraná Clube pela Vila Capanema, o Atlético já pensa em nova alternativa para ter um estádio para a competição nacional.
Se não for possível atuar em Curitiba, o Rubro-Negro estuda a possibilidade de mandar seus jogos em Paranaguá, Ponta Grossa e até Maringá. A Arena Joinville, que foi citada pelo presidente Mário Celso Petraglia como possível casa atleticana, em uma eventual emergência, é a última opção, por ora. “Não depende só de nós. Depende do outro lado também. Temos que tentar de tudo e se não houver acordo vamos para outro lado. Não fechamos nenhuma porta e teremos que dar um jeito”, explicou o vice-presidente José Cid Campêlo Filho.
Ainda que a negociação hoje esteja em fase mais delicada, a Vila Capanema continua sendo a primeira opção do Atlético, apesar de a diretoria tricolor já ter se manifestado contraria a dar continuidade na parceria que no Estadual custou R$ 50 mil por partida aos cofres do Furacão. A intenção inicial do Paraná era aumentar a locação para R$ 75 mil, porém, a revelação dos valores, feita por Petraglia em audiência na Câmara Municipal, no começo de abril, desagradou os paranistas que se opuseram a uma nova negociação. “Algum jeito vamos ter de dar. Confiamos nos coirmãos dentro de Curitiba, e fora. Temos todas as possibilidades em aberto. Todos precisam ajudar, vamos tentar manter os jogos aqui. A preferência é o Paraná, para jogar na Capital; depois no interior, e então fora do Estado”, disse Cid.
O Paraná sugeriu que o Atlético utilizasse a Vila Olímpica, no Boqueirão, mas o estádio precisaria de uma boa reforma antes de ser liberado. Porém, Cid não gosta da ideia de ter de investir em reforma para algo que não será usado por muito tempo. “Isso não é uma opinião do Atlético, é minha. Particularmente, acho que não valeria a pena investir em reforma. Já temos uma obra para cuidar e é por um período temporário e curto”, afirmou o vice-presidente.
O calvário atleticano já não é novidade. Desde o início do Paranaense o clube tem tido dificuldades para encontrar um estádio. A primeira tentativa foi o Couto Pereira. O assunto que acabou na Federação Paranaense de Futebol, passando pelo TJD-PR e finalizado no STJD, com o arquivamento do processo em que a FPF exigia que o Coritiba emprestasse sua casa.
Sem conseguir o objetivo inicial, o Furacão saiu de Curitiba e estreou no Germano Krüger, em Ponta Grossa. Na sequência optou pelo Janguito Malucelli, estádio que causou controvérsias pela falta de segurança no entorno da praça esportiva, chegando à tragédia com a morte, por atropelamento, de um torcedor. Por fim, o time foi para a Vila Capanema, onde está disputando os jogos do Estadual e da Copa do Brasil.
