Atlético estuda captar verba no mercado financeiro

O Atlético estuda captar recursos no mercado financeiro – leia-se bancos – para dar prosseguimento às obras da Arena da Baixada. Já houve reuniões da diretoria sobre o assunto e na terça-feira, sem se aprofundar no tema, o vice-presidente do clube, José Cid Campêlo Filho, em entrevista à rádio 98FM, declarou que “há um plano b” para compensar o atraso de repasses por parte do poder público.

A alternativa rubro-negra começou a ser discutida depois que os vereadores de Curitiba decidiram adiar a votação da emenda que permite aumentar o volume de recursos do potencial construtivo para a Arena da Baixada, de R$ 90 milhões para R$ 123 milhões. Diante da mudança de opinião dos vereadores, e por causa do processo eleitoral, o Atlético teme que o impasse se estenda até o final de um possível 2.º turno nas eleições em Curitiba, o que poderia prejudicar a liberação de mais verbas para a obra, que voltou a apresentar ritmo lento e já está com 15 dias de atraso dentro do cronograma atual.

O que também passou a preocupar a diretoria rubro-negra é a informação de que o Tribunal de Contas do Estado, em relatório que será divulgado brevemente, tende a considerar potencial construtivo como dinheiro público. Neste caso, teria de haver mudanças no contrato assinado entre clube, município e governo, o que geraria mais atrasos na viabilização de recursos.

A solução seria buscar os recursos no mercado – o banco mais cotado para viabilizar o empréstimo é a Caixa Econômica Federal, que já é parceira do clube desde a construção do setor Brasílio Itiberê, quando emprestou R$ 9,5 milhões, e recentemente passou também a patrocinar o Atlético -, para mostrar ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) que o clube conseguiu viabilizar todas as suas contrapartidas, e assim liberar os recursos federais, já que a nível municipal e estadual a fonte secou, pelo menos momentaneamente. Segundo informações obtidas, a diretoria estuda captar até 75% do custo total da obra, podendo chegar a R$ 138 milhões o valor do empréstimo.

Outro receio rubro-negro é que ocorram mais atrasos no cronograma da obra e o clube tenha que adiar novamente a inauguração da nova arena, agora programada para junho de 2013. Assim, o problema para conseguir um estádio para disputar o Campeonato Brasileiro do ano que vem – principalmente se o Atlético retornar à Série A – se repetiria. Vale lembrar que para a Primeira Divisão nacional, praças como o Ecoestádio não são liberadas pela CBF para receber jogos.

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