Atlético erra muito e volta a perder de três em casa

Quem não sabe fazer gols, quem não presta atenção nas regras do jogo (se é que sabe), perde e ainda sai reclamando da arbitragem. Esse pode ser o resumo da ópera de ontem na Arena da Baixada.

Sem a experiência e a categoria de Fabiano e Washington, o Atlético teve que ir ao campo com Rogério Correia e Ilan, que se confundiam no ataque. Martelou, martelou, mas com um esquema tático confuso, foi envolvido em três contra-ataques fulminantes do Vitória e acabou derrotado por 3 a 1, na décima rodada do Campeonato Brasileiro.

A expectativa era da 100.ª vitória do Furacão na Arena justamente na partida de número 50 do técnico Levir Culpi dirigindo o time. Deu tudo errado. O treinador resolveu mudar o esquema tático e adotar o 4-4-2 para acomodar Fernandinho na equipe. O que se viu foram cacoetes do 3-5-2 com Marcão, Alan Bahia e Raulen se revezando para marcar, hora Maestri, hora Edílson. Quem poderia ter feito foi o atacante Ilan. Ele reclamou que queria jogar no ataque para fazer gols. Teve todas as oportunidades de mostrar que merece estar entre os titulares. Não concretizou nenhuma delas. A Fanáticos vaiou o jogador, o restante da torcida aplaudiu. No fim do jogo ninguém quis mais defendê-lo.

Além de Ilan, Dagoberto tentou das suas jogadas e até conseguiu um pênalti e uma expulsão. Ele mesmo converteu a penalidade, diminuiu a diferença e incendiou a Arena quando o time perdia por apenas 2 a 1. Pena que seus companheiros não ajudaram. Jádson esteve pouco inspirado, Fernandinho ficou muito preso na marcação e Rogério, sempre ele, ajudou a atrapalhar bons ataques e a deixar a defesa aberta.

Antes do gol atleticano, o atacante Enílton, recém em campo, foi lançado, saindo de posição legal. Ele avançou até a área e passou para Edílson apenas completar e abrir o placar. Não demorou muito para o Capetinha fazer mais um. O meia Cléber achou o jogador entre os defensores, que viram o jogador pegar a bola e entrar na área para fazer mais um.

Os últimos quinze minutos foram de puro desespero. Sem muitas opções, Levir apostou em Bruno Lança, Dennys e até Ivan, mas o time continuou na mesma. Tentou de várias formas e esbarrou na boa retranca armada por Agnaldo Liz. Mas a falta de competência em encontrar a meta de Juninho foi tão grande que até o goleiro Diego foi para a área adversária tentar alguma coisa. Os baianos, que não são bobos nem nada, armaram mais um contra-ataque e colocaram a pá de cal na esperança do empate. Edílson recebeu a bola e invadiu a área para marcar o terceiro sem goleiro, sem nada.

Luto

Antes da partida, o árbitro concedeu um minuto de silêncio em memória do centro-médio Pedro Tocafundo, jogador e ídolo do Atlético na década de 50, falecido ontem e que será enterrado hoje.

CAMPEONATO BRASILEIRO

Atlético x Vitória

Atlético:

Diego; Raulen (Dennys), Marinho, Rogério Correia e Marcão (Ivan); Alan Bahia, William (Bruno Lança), Fernandinho e Jádson; Ilan e Dagoberto. Técnico: Levir Culpi

Vitória:

Juninho; Pedro, Marcelo Heleno, Alex Silva (Adaílton) e Paulo Rodrigues; Vinícius (Arivélton), Vampeta, Xavier e Cléber; Edílson e Maestri (Enílton). Técnico: Agnaldo Liz

Local:

Arena da Baixada
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra (SP)
Assistentes: Sérgio Ferreira Leandro (SP) e Geraldo Jos Vollet Pinheiro (SP)
Gol: Edílson aos 21, 25 e 49 e Dagoberto aos 34 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Cléber, Alex Silva, Rogério Correia, Maestri, Vinícius, Enílton, Xavier, Arivélton, Edílson
Expulsão: Marcelo Heleno
Público pagante: 6.914

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