| Foto: Valquir Aureliano |
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| Alex Mineiro comemora o gol com Ricardinho. Era o começo da classificação do Atlético. continua após a publicidade |
O Caldeirão fez a diferença mais uma vez. No embalo da galera, que empurrou a equipe durante os 90 minutos, o Furacão venceu o Atlético Goianiense por 2 a 0 e está nas quartas-de-final da Copa do Brasil.
O resultado era justamente o que o Atlético precisava para reverter a derrota de 3 a 1 em Goiânia. O próximo obstáculo no caminho do título nacional é o rival Fluminense, que ontem passou pelo Bahia.
Debaixo de chuva, o jogo começou com o Atlético já em cima dos goianos. Foram 13 minutos de pressão até que Evandro lançou na área para Ferreira, que foi derrubado por Claudinho Baiano. Alex Mineiro bateu o pênalti com categoria e fez 1 a 0 para o Furacão.
A torcida ainda comemorava quando quase saiu o segundo. O belo cruzamento de Jancarlos encontrou Ricardinho livre na área. A cabeçada foi certeira, mas o goleiro Márcio salvou o Goianiense pela primeira vez na noite.
Com o gramado molhado, o Rubro-Negro apostava nas bolas cruzadas na área e nos chutes de fora da área. Aos 24?, Evandro cobrou falta, Marcão cabeceou e Márcio espalmou. Alan Bahia pegou o rebote e mandou no travessão, mas o árbitro já marcava impedimento.
A blitz atleticana continuou durante todo o primeiro tempo. O time de Goiás limitava-se a defender e quase não chegava ao campo de ataque. A tática era arriscada, mas deu certo até o apito de Giuliano Bozzano.
A segunda etapa começou com Atlético ainda mais ofensivo. Para aproveitar os cruzamentos na área, o técnico Vadão colocou Pedro Oldoni no lugar de Ricardinho. Mas o atacante nem tocou na bola antes de o Furacão marcar o segundo.
Aos 19?, Ferreira, que já havia perdido um gol feito, foi derrubado na entrada da área. Jancarlos bateu a falta e contou com a sorte. A bola desviou na barreira e em Marcão, matou o goleiro e morreu no fundo da rede.
O placar de 2 a 0 era justamente o que o Furacão precisava. E só a partir daí o Dragão resolveu mostrar suas garras, equilibrando um pouco a partida.
Mas não foi suficiente para tirar a classificação do time da Baixada. A torcida ainda levou um susto, aos 47?, quando a bola foi levantada na área do Furacão. Guilherme saiu do gol, mas não conseguiu afastar e Fábio Oliveira mandou muito perto do gol.
Ao apito final de Giuliano Bozzano, explosão de alegria na Arena. O Furacão está nas quartas-de-final, igualando suas melhores participações na Copa. Agora, encara o Fluminense, que empatou em 2 a 2 com o Bahia, na Fonte Nova, e garantiu a vaga. As datas e os locais dos jogos serão confirmados hoje pela CBF.
Todo mundo mais leve
O técnico Vadão deixou a Baixada aliviado, na noite de ontem. Além de uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil, a vitória sobre o Atlético-GO garantiu sua continuidade no comando do Furacão.
?O sentimento é de alívio. Esse grupo é muito dedicado, não nos dá nenhum problema no aspecto disciplinar. Seria uma injustiça muito grande parar por aqui?, afirmou o treinador, que poderia perder o emprego caso o time fosse eliminado.
Para os jogadores, a sensação não foi diferente. ?Saiu um caminhão de areia das nossas costas. A vontade, a garra que tivemos foi fundamental. Temos que agradecer o apoio da torcida. Conseguimos retribuir. Tomara que tomemos jeito?, comemorou o zagueiro Marcão.
O xerifão rubro-negro se referia aos sustos que o time sofreu fora de casa, contra o Vitória-BA (1 a 4) e o próprio Goianiense (1 a 3). Nas duas vezes, o Atlético precisou da força da galera e de muito suor para reverter as derrotas, na Baixada.
Para o lateral Nei, a garra da equipe foi fundamental. ?Chuva, campo pesado, estava difícil. Mas foi na raça. Não deu na técnica e foi na raça e com a ajuda do torcedor?, avaliou o curinga rubro-negro.
Por isso, todos fizeram questão de agradecer aos torcedores. ?A torcida é sacanagem. O que ela faz por nós e é recíproco. Tentamos colocar no campo todo o apoio. Unindo essas forças ficamos quase imbatíveis na Arena?, ressaltou Marcão.
COPA DO BRASIL 2007
oitavas-de-final jogo de volta
Gols: Alex Mineiro (pênalti), aos 13? do 1.º tempo, e Jancarlos, aos 19? do 2.º tempo.
Árbitro: Giuliano Bozzano (DF)
Assistentes: Eremilson Xavier Macedo e Nilson Alves Carrijo (DF)
Cartões amarelos: Evandro, Ferreira, Danilo (CAP), Gilson, Pituca, Robston (ACG)
Local: Kyocera Arena, em Curitiba (PR)
Público: 14.220 (10.036 pagantes)
Renda: R$ 133.625,00
ATLÉTICO-PR 2 x 0 ATLÉTICO-GO
Atlético-PR
Guilherme; Jancarlos, Danilo, Marcão e Nei; Erandir, Alan Bahia, Evandro (Netinho 42? 2.º) e Ferreira (Cristian 45? 2.º); Alex Mineiro e Ricardinho (Pedro Oldoni 13? 2.º). Técnico: Oswaldo Alvarez.
Atlético-GO
Márcio; Dida, Gilson, Jairo e Possato; Pituca, Wescley (Lindomar 12? 2.º), Claudinho Baiano e Robston; Rômulo e Anaílson (Anaílson 23? 2.º). Técnico: Artur Neto.