O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) não aliviou a barra e o Atlético terá que cumprir já no final de semana a perda de mando de campo por causa do confronto entre torcedores no último Atletiba.
O presidente em exercício do tribunal, Virgílio Val, não aceitou o efeito suspensivo pedido pelo Atlético medida que “congelaria” a suspensão até o julgamento do recurso.
De imediato a CBF transferiu o jogo com o Fluminense para o local indicado pelo Furacão: o Estádio do Café, em Londrina. A data (domingo, dia 2), e o horário (16h), foram mantidos.
O duelo entre Londrina e Chapecoense, pela Série D do Brasileiro, foi adiantado das 16h para as 14h e será uma espécie de preliminar da partida da Série A. Com a decisão, o Atlético vai emendar quatro partidas seguidas fora de casa e só volta a atuar na Arena em 16 de agosto, pela 19.ª rodada, contra o Barueri.
Isso se o pleno do STJD não aumentar a pena, já que o artigo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) em que o Furacão foi enquadrado (o 213) prevê de 1 a 10 jogos de perda de mando.
Mas e se o Atlético for absolvido, quem vai pagar o prejuízo? “Houve um pré-julgamento. O processo será analisado depois de executada a pena. É como enforcar um réu condenado à morte antes mesmo da apelação”, protestou o advogado do Atlético, Domingos Moro.
Segundo o defensor, no caso de uma absolvição, não há meios do Atlético cobrar na justiça desportiva o prejuízo por atuar fora de casa. Já os associados do clube que se sentirem lesados, uma vez que pagaram antecipadamente pelo direito de assistir à partida, podem recorrer à Justiça Comum para tentar uma compensação. O Atlético não tomará nenhuma medida até o julgamento do recurso, ainda sem data definida -possivelmente quinta-feira da semana que vem (dia 6).
