Flávio Oliveira será o
treinador do Rubro-Negro nos EUA.

O Atlético embarcou ontem para Dallas, Estados Unidos, em busca dos dólares perdidos com as fracas campanhas dos últimos campeonatos. Amanhã, encara o Monterrey, do México, num amistoso internacional que pode se tornar a porta para novas incursões internacionais. Por contrato, o grupo seguiu com todos os jogadores que já serviram à seleção brasileira e com reservas, que entrarão em campo para avaliações da comissão técnica. O regresso está previsto para sexta-feira, no CT do Caju, onde os dois grupos se reencontram e se juntam para a seqüência do campeonato brasileiro.

“É um amistoso importante para o clube e agora vamos voltar o pensamento para fazer uma boa apresentação de todo mundo”, analisa o atacante Dagoberto, uma das estrelas indispensáveis para a realização do amistoso. Para ele, essa é mais uma oportunidade de aparecer para um mercado ainda inexplorado pelos brasileiros. “Você aparece em outros lugares. Onde você for é importante mostrar seu potencial, independente do lugar. Nos Estados Unidos ou aqui, nós temos que mostrar um grande futebol”, aponta. Além do artilheiro, Alessandro, Fernandinho, Adriano e Ilan são os jogadores imprescindíveis para a realização da partida.

Para tanto, quem irá comandar o Furacão será Flávio de Oliveira, preparador físico. Apesar da incumbência de permanecer como treinador, ele levará todas as instruções passadas pelo técnico Mário Sérgio. “Tudo o que for feito será o Mário que irá passar para a gente, escalação, substituição, porque na nossa opinião é um jogo importante para intercâmbio, porque já estava marcado pela diretoria”, diz Flávio. As principais novidades serão a presença de Fabrício na lateral esquerda e Carlos Alberto na meia-cancha.

O restante do elenco, formado pelos zagueiros Ígor, Rogério Correia e Tiago, o lateral-esquerdo Ivan, o meia Jádson e o atacante Alex Mineiro, continuará treinando no CT do Caju e fará trabalhos específicos para a partida de sábado, contra o Fluminense. Eles trabalharão com Mário Sérgio, que preferiu ficar no Brasil e preparar a forma de vencer o Fluminense, sábado, na Arena. Esse jogo é considerado a prova de fogo para o Furacão se manter na primeira divisão e respirar aliviado na competição.

Mário Sérgio não volta mais para o campo

O técnico Mário Sérgio cansou de ser expulso e desistiu de comandar a equipe do Atlético do banco de reservas no restante do campeonato brasileiro. Mesmo tendo cumprido uma suspensão de 45 dias (punição de quando ainda era contratado do São Caetano) e estando apto a voltar para a beira do gramado, o treinador alega divergências com as arbitragens para a mudança de atitude. Com isso, o auxiliar técnico Benê Ramos será seu fiel escudeiro e o representará na área técnica.

“Se eu for para o campo, eles (árbitros) me expulsam. Eu sei disso, então, se for, só se for idiota. Então, não quero dar chance para que eles me expulsem”, disparou o técnico do Furacão. Após cumprir uma série de jogos afastado do banco de reservas, Mário verificou que enxerga melhor os jogos do alto. “Lá em cima, faço meu trabalho muito mais qualificado do que lá embaixo. Na Baixada, principalmente, você não é ouvido do banco e lá onde eu fico (pombal) eu falo com qualquer jogador como se estivesse ao lado dele”, explica.

Quando for o caso de alterações, Benê será o elo de ligação com os jogadores. “Qualquer substituição eu passo para o Benê, que é o homem de minha confiança, que passe para o jogador tudo o que eu peço. Estar lá embaixo é apenas dar chance ao azar”, aponta.

Além disso, o treinador mantém um pé atrás quanto a possíveis armações que possam acontecer para privilegiar algumas equipes nas últimas rodadas da competição. “Essa é uma preocupação que já vem de há muito tempo. Porque eu sou uma pessoa que não sou simpática aos árbitros e nunca fui. O presidente (Mário Celso Petraglia), muito menos”, analisa. Segundo ele, a política esportiva ainda tem um peso muito grande no país. “Eu espero que isso não seja uma influência negativa, nas próximas rodadas, com relação ao Atlético”, pede.

Prejuízo

O treinador reconheceu que o amistoso programado contra o Monterrey, nos Estados Unidos, será realizado em um péssimo momento. “Que atrapalha, atrapalha. A diretoria sabe, mas infelizmente é um processo que a gente tem que seguir porque o Atlético tem que procurar receitas fora do País”, disse. Para ele, se der certo essa partida, poderão se abrir novas portas e oportunidades para o Rubro-Negro no exterior.

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