O zagueiro atleticano Danilo |
Depois de enfrentar Fortaleza e Figueirense com portões fechados, o Atlético volta a atuar para ninguém, desta vez fora de casa.
Desta vez, o punido é o Palmeiras, que tem que atuar contra o rubro-negro no Pacaembu e sem público, devido aos incidentes no clássico contra o Corinthians. Apesar do jogo atípico, é a chance do Furacão consolidar a boa fase e voltar a subir mais ainda na classificação do campeonato brasileiro. A partida está programada para as 18h10.
"É diferente jogar sem a torcida, mas vai ser o apoio da torcida deles que não vai ter. Então, temos que tirar proveito disso", aponta o ala-direito Jancarlos. Já o zagueiro Paulo André acredita que essa pressão a menos que não haverá no estádio poderá ajudar o time a consolidar a boa fase na competição. "É um jogo importante para mostrar que o Atlético se recuperou, por isso esperamos fazer uma boa partida", destaca.
Mesmo depois da vitória histórica sobre o Vasco da Gama, por 7×2, a intenção é manter o mesmo ritmo para não ser surpreendido pelo time paulista. "Temos que manter a mesma pegada e a atenção. Isso foi importante contra o Vasco e vai ser contra o Palmeiras", analisa Jancarlos. De qualquer forma, o otimismo é grande, principalmente para quem conhece bem o adversário.
"No campeonato paulista do ano passado, jogando pelo Paulista, a gente empatou por 1×1 no Parque Antártica e depois empatamos por 3×3 e levamos o time à final através das cobranças de pênaltis. Foi um momento muito importante da minha carreira", relembra o zagueiro Danilo. Para ele, ainda falta acertar alguns detalhes. "O Atlético está levando gol demais. A gente fica chateado por isso, mas fica tranqüilo porque o ataque desencantou", comemora.
E esse mesmo ataque poderá ser repetido novamente. Aliás, todo o time. Sem ninguém suspenso e ninguém machucado, o técnico Antônio Lopes já confirmou que vai escalar o mesmo time que massacrou o Vasco da Gama. Mesmo atuando fora de casa, a intenção atleticana é de tentar aproveitar a neutralidade do Pacaembu para impor o jogo de velocidade que funcionou contra os cariocas desde os primeiros minutos. A vitória sobre o time carioca tirou o rubro-negro da zona do rebaixamento e mais três pontos podem colocar o time da Baixada no bloco que luta por uma colocação para a Copa Sul-Americana.
A expectativa de jogar sem a torcida
São Paulo (AE) – O Palmeiras terá pela frente uma partida completamente diferente das que está acostumado, hoje, contra o Atlético, no Estádio do Pacaembu: arquibancadas vazias, sem torcedores para apoiar ou até mesmo criticar o time, como acontece em alguns jogos, principalmente no Palestra Itália.
Como cumpre punição pela invasão do campo por dois torcedores no clássico com o Corinthians, no Morumbi, os jogadores se preparam até mesmo para enfrentar alguma situação inusitada durante os noventa minutos. Como ouvir as broncas do técnico Emerson Leão, do banco de reservas.
O treinador, aliás, critica a pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). "É ridículo evitar que o torcedor não veja o espetáculo. Ainda por cima, o Palmeiras foi punido no mando do adversário por causa de uma pessoa que foi até presa pelo que fez", afirmou.
Quanto ao time, algumas dúvidas. Como Pedrinho está suspenso pelo terceiro cartão amarelo recebido, entra um atacante em seu lugar. A dúvida é qual deles será o escolhido: Washington, Gioino e até mesmo Warley, que pode deixar o clube. "Tenho muitas opções, ainda vou pensar bem quem eu vou colocar para jogar", reforçou Leão. O time só será confirmado momentos antes da partida.
CAMPEONATO BRASILEIRO
PALMEIRAS X ATLÉTICO
Palmeiras: Sérgio; Daniel, Gamarra e Leonardo Silva; Baiano, Marcinho Guerreiro, Reinaldo, Juninho e Lúcio; Marcinho e Washington (Gioino). Técnico: Emerson Leão
Atlético: Diego; Jancarlos, Danilo, Paulo André e Marcão; Alan Bahia, Cocito, Fabrício e Evandro; Lima e Aloísio (Finazzi). Técnico: Antônio Lopes
Súmula
Local: Pacaembu (São Paulo-SP)
Horário: 18h10
Árbitro: Clever Assunção Gonçalves (MG)
Assistentes: Edgard Sales Abreu (MG) e Alexandre Santos Conceição (MG)