O Atlético entra em campo hoje, às 16h, para enfrentar o Paranavaí e tentar conquistar o título do 1.º turno do Campeonato Paranaense, dependendo ainda de pelo menos um empate do Cianorte com o Arapongas.
Vindo de duas rodadas sem vencer – derrota para o Arapongas e empate com o Coritiba – os jogadores não conseguem deixar de lado a frustração por não ter mantido a boa campanha que havia criado a chance de o clube conquistar a vaga na final com uma rodada de antecedência.
O empate em 0 x 0 no Atletiba tirou a liderança das mãos do Furacão e a vantagem de depender apenas de si para já se garantir nas finais. E os jogadores ainda não digeriram por completo a chance desperdiçada.
“É fato que ficamos chateados por não conseguir esse título antecipado, que poderia ter sido na rodada passada, mas bola pra frente e vamos tentar vencer o jogo”, disse o zagueiro Gustavo.
Héracles também ainda está tentando encontrar uma forma de assimilar as chances perdidas e principalmente a má sorte de não ter vencido o clássico. Para ele, o Rubro-Negro mereceu levar os três pontos, pela insistência em fazer gols.
“É complicado, fomos buscar o resultado positivo, como fizemos em todas as partidas e no último jogo merecíamos vencer”, disse o jovem lateral. Mas o clássico nem foi o maior dos problemas para o Furacão.
Gustavo credita o maior erro da equipe neste primeiro turno ao empate com o Cianorte. O Rubro-Negro vencia a partida por 2 x 0 e no segundo tempo permitiu o empate dos donos da casa.
A desatenção na partida supera até mesmo a única derrota do clube no Paranaense. Nem mesmo o revés para o Arapongas é tão sentido, mas com a justificativa de que em Arapongas, o elenco enfrentou fatores que fugiram à rotina de qualquer partida.
Além do incidente com Bruno Mineiro, que ficou desacordado e deu um grande susto nos colegas, o time teve de digerir o gol sofrido quando dois jogadores estavam recebendo atendimento médico fora do campo e a situação particular do goleiro Rodolfo.
O camisa 1 teve problemas familiares que o abalaram e quase o fizeram “desistir” do jogo antes mesmo de deixar o CT do Caju. Para eles, o Atletiba foi o menor peso nesses tropeços recentes.
“No Atletiba, o empate, pelo tamanho e importância do jogo, acaba se tornando normal. Mas nossa falha maior, sem dúvida, foi o jogo do Cianorte, estávamos vencendo e cedemos o empate. O jogo do Arapongas foi uma série de fatores que levou ao resultado negativo”, explicou o zagueiro.
Mesmo que não venha o título, há o que comemorar
Não levar o título do primeiro turno do Campeonato Paranaense hoje pode ser frustrante, em especial para a torcida do Atlético, mas os jogadores já têm muito a comemorar.
A boa campanha no Campeonato Paranaense é um alento, principalmente para os remanescentes do trágico 2011 que fechou com o rebaixamento do time à Série B do Brasileirão.
O zagueiro Gustavo, um dos poucos que ainda estão no time, lembra bem do quão complicado foi o final da temporada passada e até mesmo o começo deste ano, pela desconfiança que o time enfrentou, devido a tantas mudanças.
O clube teve muito a driblar, comissão técnica nova e estrangeira, aposta nos pratas da casa e na juventude, poucas contratações e nem mesmo a Arena da Baixada para ser o refúgio neste começo incerto. Mas aos poucos, Juan Ramón Carrasco foi acertando o passo e hoje o Furacão tem campanha que há dois anos não fazia em Estaduais.
“Estamos muito felizes pelo que está acontecendo. Nós tínhamos consciência que era possível fazer uma campanha parecida com que a estamos fazendo, mas estávamos muito desacreditados. E nós sabíamos que o grande favorito sempre seria o Coritiba por estar há mais tempo formado”, disse Gustavo.
Assim, passadas as primeiras barreiras, só o fato de o Furacão estar bem e entre os primeiros colocados já é motivo de comemoração. “Estamos feli,zes por nos manter no pelotão de frente. Vamos torcer para fazer um bom jogo e torcer pro Arapongas contra o Cianorte”, acrescentou.
