O Atlético parece não tomar jeito. Em franco declínio, o rubro-negro decepcionou mais uma vez sua torcida e não saiu de um péssimo empate por 1 a 1 contra o Figueirense, gols de Ramon e Chicão, e segue ameaçado pela zona de rebaixamento, na 16.ª colocação.
Mesmo com o ingresso mais barato, a torcida rubro-negra, que anda às turras com o time e a diretoria, não veio em bom número e levou pouco mais de 6.800 pagantes para o jogo. A combinação entre torcida insatisfeita + equipe pouco competitiva dava mostras que a noite não seria boa. No início do jogo, um torcedor rubro-negro atirou uma bomba no campo, quase atingindo o goleiro Viáfara, e obrigou o árbitro Paulo César de Oliveira a paralisar a partida por alguns instantes.
Fora esse incidente, que pode vir a causar problemas para o Atlético, a partida seguia equilibrada, mas não necessariamente boa. A primeira boa chance de gol foi com o time visitante, aos 14 minutos, quando Edson, na marca do gol, chutou para fora. A resposta atleticana foi quase que imediata. Ramon cobrou uma falta da intermediária e contou com a ajuda do goleiro Wilson, que engoliu um peru incrível, e abriu o marcador.
O gol elevou o ânimo e a moral rubro-negra, que passou a pressionar mais o Figueira. Entretanto, a blitz criada pelo time era sistematicamente estragada pela pontaria dos atacantes atleticanos, em especial com Dinei, que, aos 22 minutos, desperdiçou uma chance debaixo da trave. Pouco tempo depois, o mesmo Dinei chutou da entrada da área, mas o atacante Marcelo entrou no meio do caminho e desviou a bola involuntariamente.
O rubro-negro teve ainda mais uma boa chance de ampliar no final do primeiro tempo. Dinei fugiu pela direita, passou para Netinho, que fez um belo corta-luz para Marcelo, que chutou em cima da zaga catarinense.
Embora não tivesse exibido um belo futebol, a vitória parcial deixou a torcida e o time satisfeitos, mas a noite estava apenas começando…
A zica continua
Determinado a mudar o panorama da partida, o técnico Mário Sérgio fez duas substituições no intervalo e botou o time mais à frente. A mudança surtiu efeito e o Figueira começou a mandar no jogo e botou o Atlético nas cordas. A pressão deu certo e aos 11 minutos o zagueiro Rhodolfo faz um pênalti infantil em Alexandre. Na cobrança, Chicão encheu o pé, sem chance para Viáfara e deixou tudo igual.
A torcida, que estava bronqueada, teve um ataque de cólera quando o técnico Antonio Lopes sacou Netinho, o melhor jogador do "Paranaense" em campo, para a entrada de Fernando Mineiro. Aos gritos de "burro" e "fora Antonio Lopes" a torcida demonstrou toda sua indignação.
Com o gol de empate, o Figueira relaxou no jogo e começou a ceder espaços. O Atlético se aproveitou e voltou a pressionar, mas novamente a pontaria descalibrada do time desperdiçava as chances criadas.
Nos minutos finais, o Atlético partiu para o tudo ou nada e teve uma ótima oportunidade com Fernando Mineiro, que entrou bem na partida, mas desperdiçou aquela que seria a "bola do jogo", para desespero do torcedor do "Paranaense".
Após o apito final, a torcida pediu a cabeça do técnico Antonio Lopes e do "dono" Mário Celso Petraglia. O próximo desafio atleticano será contra o Internacional, em Porto Alegre.