Foto: Valquir Aureliano

Guilherme, que volta ao gol amanhã contra o Goiás, diz que, às vezes, a falta da paciência da torcida passa para os jogadores.

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Amanhã, diante do Goiás, o Atlético inicia uma importante seqüência de jogos dentro do Campeonato Brasileiro, projetando alcançar um rendimento superior a 60% dos pontos a serem disputados. Essa porcentagem é considerada o número mágico de aproveitamento para qualquer equipe manter-se brigando pelo topo da tabela.

Dos próximos cinco jogos, quatro serão em Curitiba, e o Furacão tem que aproveitar o fator casa para somar pontos. Mas jogando na Arena, o Atlético vem alternando altos e baixos nesta temporada. Em 17 jogos disputados, o Rubro-Negro obteve nove vitórias, quatro empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 61%. Se antes a pressão da torcida com os gritos ensurdecedores apenas incentivava, agora, às vezes, assusta e inibe a atuação de alguns jogadores.

O goleiro Guilherme é titular do Atlético há poucas partidas, mas definiu muito bem a atual relação entre as arquibancadas e os jogadores. ?A torcida não está compreendendo nosso estilo de jogo em casa. Criamos uma filosofia de tocar mais a bola e de ter paciência, de criar a chance e definir na hora certa. Mas a impaciência da torcida está passando para a gente dentro de campo?, explicou o camisa 1, ressaltando que cabe aos jogadores se adequarem à situação, tendo mais tranqüilidade.

O treinador Vadão também comentou sobre o assunto e acredita que a torcida tem que incentivar mais, em vez de cobrar tanto. ?A força da Arena não pode ser fator de medo, de inconstância. Tem que ser como nos jogos contra o Vitória e o Atlético-GO na Copa do Brasil. A torcida veio e incentivou o tempo todo. Fizemos 3 a 0?, ressaltou o treinador. Planejamento.

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Para alcançar o objetivo de chegar à primeiras colocações nas próximas rodadas, o técnico explicou que o Atlético tem que se preocupar com a média de pontuação – que atualmente é boa -, e buscar as vitórias nos jogos em Curitiba. ?Neste início de campeonato, estamos trabalhando jogo a jogo, mas já fizemos um prognóstico das cinco partidas que temos pela frente. Temos quatro jogos em Curitiba, três deles em casa, mais um clássico contra o Paraná e apenas um confronto fora. É uma seqüência boa para pontuarmos?, finalizou.

Vadão alerta pro ?perigo verde?

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A fraca campanha inicial do Goiás no Brasileirão, disputou quatro jogos e venceu apenas um, não representa que o Atlético terá facilidades no domingo. O técnico Vadão destacou a qualidade do meio-campo e ataque da equipe goiana que pode trazer complicações para o Furacão. ?Os jogadores de meio têm muita habilidade. O Cléber Gaúcho e o Élcio têm qualidade e passam bem a bola. Tem o garoto Welliton na frente, que é rápido, e o Fabrício Carvalho, que foi meu jogador, também é muito bom?, explicou.

Para o goleiro Guilherme, os maus resultados do adversário trazem mais responsabilidade para o Furacão que, jogando em casa, tem a necessidade de somar mais três pontos. ?Temos tudo para conseguir os pontos e embalar no campeonato?.