O Atlético enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, às 19h30, e mais uma vez o confronto marca a “despedida” de Leandro Niehues do comando da equipe. No ano passado, Niehues não era interino e sim uma aposta do clube, mas já estava “demitido” quando teve de encarar o colorado, no Rio Grande do Sul, para no dia seguinte ser substituído por Paulo César Carpegiani.
A lembrança daquela partida não é nada animadora: o Furacão perdeu por 4 x 1 e, como agora, estava na zona de rebaixamento. Desta vez, com menos peso nas costas, mas sob a pressão natural de o time ainda não ter vencido neste Brasileirão, Niehues parece estar mais ousado e deve arriscar uma escalação completamente diferente.
A expectativa é de que o interino faça pelo menos três mudanças, que serão acompanhadas pelo novo treinador Renato Gaúcho apenas pela TV. O goleiro Márcio, o lateral-esquerdo Paulinho e o zagueiro Rafael Santos, que têm sido alvo de críticas constantes da torcida, deixam o time.
Com isso, Leandro Niehues abre espaço para Fabrício jogar com Manoel, enquanto Marcelo Oliveira seria puxado do meio-campo para a lateral. É uma mexida justamente no setor do time que mais tem falhado no campeonato: o esquerdo.
Na lateral oposta, Wagner Diniz ganha nova chance. Com a saída de Rômulo, vendido para a Fiorentina, da Itália, ele seria mais uma vez testado na posição, substituindo Wendel, que teve sua chance contra o Fluminense, na rodada passada.
No ataque, Madson e Nieto repetiriam a dupla do jogo no Rio de Janeiro, mas depois do gol marcado contra o Fluminense o novato Edigar Junio tem chances de começar a partida e chegou a treinar entre os titulares.
Se optar pela entrada do prata da casa, Leandro Niehues recuaria Madson e Cleber Santana, cotado para entrar como segundo volante, perderia sua posição. Com o elenco blindado e há uma semana, e longe de Curitiba, o treinador aproveitou para esconder ainda mais a forma que vai entrar jogando.
Ele dá poucos indícios concretos do que deve apresentar frente ao Inter hoje. “É uma situação que trabalhamos internamente. O time está escalado, definido e eles sabem quem vai jogar. Tem que ser equilibrado e que tenha cuidados defensivos, mas que não perca o poder ofensivo”, se limitou a dizer, após o treino realizado ontem.