Não haverá punição ao Atlético nem ao goleiro Santos, pelo uso do celular no jogo contra o Atlético Mineiro, no dia 13 de maio, na Arena da Baixada, pelo Campeonato Brasileiro. Todos os envolvidos foram absolvidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que julgou o fato nesta quinta-feira (24), no Rio de Janeiro.
A imagem do jogador atleticano utilizando o aparelho de telefone em campo, segundos antes do apito inicial, rodou o Brasil e gerou polêmicas. No dia seguinte ao ocorrido, representantes do Atlético concederam uma entrevista coletiva e explicaram que a ação tratava-se de uma campanha em prol do Maio Amarelo, uma iniciativa nacional que visa diminuir o número de acidentes de trânsito.
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Os desembargadores entenderam que tratava-se de uma campanha de conscientização e, por isso, isentaram os envolvidos de qualquer penalização.
Também absolvido, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira explicou que o episódio não foi visualizado por nenhum membro da arbitragem. “Normalmente o goleiro não sobe para o campo com nada na mão. Fazemos essa última vistoria até antes do minuto do silencio até para não causar nenhum atraso. Em momento algum nenhum assistente fez algum comentário sobre o uso do celular. No momento que iniciou a partida, quem daria o pontapé inicial seria a do Atlético/PR e estávamos todos voltados para o centro. Ninguém viu. Nenhum companheiro da arbitragem esperava por isso. Ficam todos preocupados na direção da bola”, detalhou o árbitro, que explicou o porquê de não ter inserido após o jogo a infração na súmula.
“A informação que nos chegou é de teria sido no aquecimento e a noite, já no hotel, é que tomei nota de todas as informações. Uma das minhas preocupações é relatar o que eu vejo no jogo. Se houvesse algum prejuízo na situação seria ao próprio goleiro”, finalizou.
O advogado Mário Bittencourt, em defesa do Atlético, apresentou prova documental com outros casos de uso de celular em campo, ofício da CBF de advertência ao clube paranaense e o contrato da ação de marketing.
“O jogo foi realizado no dia 13. Dia 14 a CBF advertiu o clube e no 18 de maio houve um workshop na entidade e essa ação do Atlético/PR foi exibida e aplaudida. O Atlético/PR no afã de manter o sigilo do contrato não antecipou para a CBF”, detalhou. Bittencourt usou em sua defesa o episódio em que Romero, do Corinthians, retirou o celular e fez uma selfie após a comemoração de um gol e não foi denunciado, além de situações semelhantes com atletas do Fortaleza e do Cruzeiro. “Até hoje para todos os clubes do Brasil é a uma ação manifestamente legal. A partir do momento que a CBF adverte e dias depois elogia em um workshop volta a ser legal. A motivação da campanha foi de fazer o bem”, finalizou.