Cristian Toledo, com reportagem de Irapitan Costa e Clewerson Bregenski
Cuidado com os jovens, motivação para os mais velhos. É este o resumo do foco que Atlético e Paraná Clube dão para a psicologia do esporte. Além da assistência social, os clubes garantem a assistência psicológica nas divisões menores, mas quando o assunto é o “time de cima”, vale apenas aquele trabalho para agitar os atletas.
O Paraná trabalha apenas com uma profissional na área de psicologia. E voltada exclusivamente às categorias de base. Mariana Litwinski é quem executa essa função no Ninho da Gralha. “O desempenho dela é coletivo e também individual”, explica o coordenador das categorias de base do Tricolor, Fernando Tonet. “Semanalmente há palestras e reuniões para os meninos, de todas as nossas categorias, dos mais novos até os juniores”.
A atuação individual da psicóloga só ocorre quando a comissão técnica detecta alguma modificação ou distúrbio de comportamento de algum jogador. “Neste caso, pedimos que seja dada uma atenção especial ao atleta, numa avaliação individual e mais técnica”, explicou Tonet. Em relação ao profissional, o psicólogo atua muito mais na área motivacional. Gilberto Gaertner mantém vínculo com o Tricolor e aplica palestras ao grupo sempre que é chamado, em momentos específicos, definidos por Marcelo Oliveira.
Furacão
Desde o primeiro semestre de 2008 o Atlético não dispõe de acompanhamento psicológico para o departamento de futebol profissional. Somente as categorias de base usufruem do trabalho de uma assistente social, que trabalha junto aos garotos e seus familiares. Caso seja identificado problema na conduta de algum atleta profissional, são tomadas providências de acordo com o caso, como ocorreu com o volante Alan Bahia, em 2007, após ele envolver-se em um acidente de automóvel em que morreu Alex Miranda, seu amigo e ex-jogador das categorias de base do Atlético.