Hoje é o dia D para a definição do acerto entre o Atlético e a Lanik I.S.A. para que a obra de instalação do teto retrátil da Arena da Baixada seja retomada. Uma reunião acontecerá entre o presidente atleticano, Mário Celso Petraglia, e o diretor-executivo da empresa espanhola, César França, que veio da Alemanha para o Brasil para resolver justamente esta pendência com o Furacão para que a obra seja retomada imediatamente.

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Em mãos, César França trará uma proposta definitiva da Lanik I.S.A. ao Atlético para concluir a instalação do teto retrátil. “Temos essa proposta de 350 mil euros. Temos uma estrutura com vinte espanhóis e dezesseis brasileiros, onde tem pessoas especializadas em automação, mecânica, elétrica e pintura. Há um mal entendido com relação aos preços e estamos indo para a reunião para acertar isso”, disse França, em entrevista à Tribuna 98.

O diretor-executivo da Lanik I.S.A. frisou também que um novo estudo terá que ser feito, principalmente depois da constatação de uma deformação na parte superior da estrutura. “Serão mais de quarenta mil pessoas que estarão debaixo da estrutura. Precisamos realizar cálculos, realizar testes e lidar com a pequena deformação que tem em cima. Eu posso colocar esse fechamento retrátil, mas ele pode só abrir e não fechar por causa disso.  Há toda uma situação de estudo e engenharia de inteligência. Não é tão simples, pois são várias responsabilidades, probabilidades, impactos e riscos. São diversas questões que precisam ser discutidas”, explicou.

Outro projeto

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França disse ainda que outro projeto terá que ser realizado para que a instalação do teto retrátil, agora realizada de fora para dentro da Arena da Baixada, seja bem sucedida. “É outro projeto, pois antes a instalação ia acontecer internamente. Agora, não temos espaço interno para montar a estrutura em volta, para içar os motores, para montar a estrutura coberta. O espaço externo está sendo estudado ainda. Toda uma análise precisa ser feita. Fomos contratados em 2013 e fabricamos todas as peças.  O Atlético não nos atendia por telefone e não nos dava o respaldo. As peças ficaram paradas na Espanha por mais de um ano e somente depois disso, eles solicitaram o transporte. Havíamos montado tudo lá, mas tivemos que desmontar e realizar a montagem agora de novo”, lamentou.

Sem validade

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César França comentou ainda que a liminar expedida pela 21ª Vara Cível de Curitiba obrigando a Lanik I.S.A. a retomar a instalação do teto retrátil não tem validade. Isto porque a empresa é da Espanha e a citação foi feita equivocadamente. O dirigente da empresa disse ainda que o preço a mais cobrado – de 94 mil euros combinado via e-mail para instalação antes da Copa do Mundo para 418 mil euros – para a conclusão do trabalho é justo e entra na política de responsabilidade da Lanik I.S.A..

“Não temos empresa no Brasil. Isso não tem efeito para nós. Sobre a extorsão falada na ação, isso não aconteceu. Estamos dentro da lei e da ética. Quando se tem cinquenta mil pessoas abaixo de uma estrutura e que há uma situação de impacto e risco, pois somos responsáveis pela cobertura retrátil, não posso aceitar qualquer pressão de Juiz ou presidente de clube. Independente de eventos, não podemos colocar em risco a vida das pessoas. O Juiz e o presidente são leigos e a empresa tem o know-how de toda a situação, tanto que já fizemos obras como essa em todo o mundo”, cravou o representante da empresa espanhola.