Atlético e Grêmio prometem um duelo eletrizante na Baixada

Os últimos jogos envolvendo Atlético e Grêmio têm sido marcados pela tensão e nervosismo. No ano passado, os clubes protagonizaram cenas lamentáveis. No jogo de ida, em Porto Alegre, alguns atletas gremistas exageram no “uso da força” e o resultado foi trágico para o time paranaense.

Naquela ocasião, o atacante e principal jogador rubro-negro, Alex Mineiro (hoje no Palmeiras), recebeu um chute involuntário no rosto, desferido por Tcheco, e teve que passar por uma operação para reconstruir diversos ossos da face, retornando ao futebol somente três meses depois.

Na mesma partida, Evandro foi agredido por Itaqui e teve dentes arrancados. Diante desse quadro desolador, a partida em Curitiba não poderia terminar bem. Após a vitória atleticana na Arena, os ânimos se exaltaram e no caminho para os vestiários, jogadores de ambas as equipes brigaram.

O pivô da pancadaria foi o volante gremista Eduardo Costa, que agrediu Claiton quando ele concedia entrevista a uma emissora de rádio. Antes Tcheco foi expulso e também arrumou entrevero.

E a confusão continuou no dia seguinte. Durante o embarque da equipe gremista no Aeroporto Afonso Pena, dirigentes atleticanos e tricolores se encontraram e uma nova troca de sopapos aconteceu.

Reclamação

Nesta temporada, no primeiro confronto, em Porto Alegre, não houve pancadaria. Porém muita reclamação atleticana quanto à arbitragem. O Grêmio venceu o Furacão por 3 a 0 com três gols de pênalti cobrados pelo meia Roger. Agora em Curitiba, novos fatores trarão nervosismo à partida.

As duas equipes estão em situações completamente diferentes na tabela de classificação, mas precisam somar pontos urgentemente. O Atlético quer os 3 pontos para não retornar à zona de rebaixamento, enquanto o Tricolor gaúcho necessita de ao menos um empate para não correr o risco de perder a liderança do Brasileirão.

O treinador Geninho comentou sobre o que espera desse difícil compromisso. “Para nós todo jogo passa a ser uma decisão, porque temos que alcançar um percentual bastante elevado nos jogos que faltam.

O jogo contra o Grêmio tomou característica bastante complicada não pelos fatos passados, mas sim pela derrota do Grêmio em casa. Ele passou a ter a liderança ameaçada e tem uma seqüência de jogos difícil – Grenal e Palmeiras. Então o Grêmio sabe que tem que levar pontos de Curitiba, senão pode ficar pelo meio do caminho”, analisou o treinador rubro-negro.

Pancadaria é coisa do passado. Esse é o discurso dos jogadores atleticanos. De acordo com o goleiro Galatto, que ainda é considerado por muitos gremistas um herói devido à “Batalha dos Aflitos” e esteve presente na confusão do ano passado, a disputa tem que ser apenas dentro do campo e na bola.

Na bola

“Estava presente naquela contusão. Estava no banco do Grêmio. Aquilo ficou pra trás. Os jogadores que se envolveram naquele episódio já foram embora, tanto do lado do Grêmio quanto do Atlético. Acho que vai ser um jogo bem disputado, bem pegado, mas na bola e leal. Um espetáculo bonito e espero que o Atlético saia vencedor”, comentou.

O volante Alan Bahia – que deverá ganhar uma vaga neste domingo e também atuou no confuso jogo de 2007 na Arena – minimizou a situação. “A rivalidade tem que ser dentro de campo. As duas equipes precisam do resultado e vamos procurar sair da Arena vitoriosos. O momento é bom e temos que ganhar diante da nossa torcida e com o resultado subir na tabela”, analisou.

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