O relatório divulgado terça-feira pelo Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), o qual recomenda o bloqueio de recursos para a reforma da Arena da Baixada, colocou em conflito os governos estadual, municipal, Agência de Fomento do Paraná e a CAP S/A. Enquanto o tribunal não vê transparência no orçamento do projeto executivo do estádio, o poder público anuncia que não foi informado sobre um possível aumento nos gastos para a readequação do Joaquim Américo, que passou de R$ 184,6 milhões para R$ 219,2 milhões.

continua após a publicidade

Soou estranho também o fato de a Agência de Fomento do Paraná ter informado ontem, através de nota, que liberou à CAP S/A os recursos da terceira parcela do financiamento, no valor de R$ 26,2 milhões, apesar da recomendação do TCE-PR. O dinheiro foi repassado à gestora das obras do estádio no dia 27 de junho. A Fomento Paraná admite que, a partir de agora, irá atender a recomendação do tribunal e bloqueará repasses futuros até que todos “furos” de orçamento sejam esclarecidos.

Durante a divulgação do relatório, o coordenador geral do TCE-PR, Luiz Bernardo Dias Costa, afirmou que depois da regularização do projeto executivo, e se o aumento do valor no orçamento das obras for aprovado pelo organismo estadual, o rateio do excedente terá que ser igual entre as três partes, ou seja, CAP S/A, Governo do Estado e Prefeitura de Curitiba. Neste caso, haverá um desembolso de mais R$ 34,6 milhões para que a Arena da Baixada possa ser terminada a tempo de receber os jogos da Copa. Governo e Prefeitura questionam essa decisão e querem que a CAP S/A assuma o “estouro” de orçamento.

continua após a publicidade