Após uma longa reunião realizada ontem em São Paulo, Paulo Roberto Falcão pode, na segunda-feira, ter seu nome oficializado como o novo treinador do Atlético.
Do encontro participaram o presidente Marcos Malucelli e o vice-presidente Ênio Fornea, que retornou à noite para Curitiba. Em contato com a Tribuna, ele não disse nem que sim nem que não. “Se tiver qualquer novidade vocês saberão pelo site oficial”, limitou-se a dizer.
A demora na confirmação se dá pelo fato de que Falcão ainda tem compromisso profissional com a Rede Globo e por estar escalado para ser comentarista na transmissão de Brasil x Uruguai, na madrugada deste domingo, pelo Sul-americano Sub-20. Antes disso, e de seu desligamento da TV, não seria possível fazer qualquer anúncio em relação às tratativas.
As negociações com Falcão começaram ainda no ano passado, quando ele poderia ter se tornado coordenador do time, por indicação de Paulo César Carpegiani – amigo que o aconselhou a aceitar a proposta atleticana para retornar à beira dos gramados.
Cogitado entre tantos outros treinadores, o comentarista contou com a força do presidente Marcos Malucelli, que o tinha como seu favorito e, mesmo não sendo consenso entre os dirigentes, foi ganhando espaço.
Se tiver seu nome oficiaizado, Falcão chegará na Arena da Baixada trazendo consigo uma exposição de mídia há anos não vista no Furacão, e só comparável à participação na final da Copa Libertadores de 2005 e à contratação de Lothar Matthaus.
Com salário que pode chegar a R$ 200 mil, Falcão, no entender de Malucelli, tem o perfil que o Furacão procura, embora tenha tido pouco experiência como treinador e estar há 15 anos longe da profissão.
“Trabalhamos com um monte de nomes e o Falcão é um deles. Ele foi um baita jogador, é uma pessoa que entende de futebol. É um nome que, naturalmente, os jogadores vão aceitar, respeitar. Não precisa você estar na beira do gramado para entender futebol. Temos o exemplo do João Saldanha, que fez um grande time”, destacou o diretor de futebol Valmor Zimermann, em referência ao cronista esportivo que dirigiu o Botafogo e a Seleção Brasileira no final dos anos 1960.
Reforços
Quanto às contratações de mais um zagueiro e um atacante, Valmor prefere manter a cautela. Por enquanto descarta qualquer nome especulado como de Paulo André, do Corinthians, e Borges, do São Paulo.
“Não estamos tratando nada em relação a isso. Vamos esperar o novo treinador assumir, observar e decidir o que o time precisa. Aí teremos como ir atrás. Antes disso, é tiro no escuro. Posso trazer jogador e o treinador não gostar”, explicou o diretor.
Outra especulação é em relação a um eventual lista de dispensas, outro assunto negado pelo dirigente. Valmor assegura que nada será feito até que o time tenha um comandante, e que ainda não há jogadores do atual elenco que estejam fora dos planos.
Chegando
Depois de Kléberson, o volante Robston, do Atlético-GO, pode ser o novo reforço a ser apresentado pelo Atlético. O jogador continua na mira do Furacão e acerta os detalhes para sua transferência.
“Estamos mesmo negociando. Temos prioridade na contratação, mas ainda tem algumas coisas para ver”, confirmou o diretor de futebol, Valmor Zimermann. O jogador pode chegar ao CT do Caju na próxima semana.
Indigesto
Os vazamentos de informações do Atlético estão desagradando muita gente lá dentro. Tem dirigente que perde a linha quando o assunto em pauta são os furos em torno de contratações e vendas.
Neste início de ano, movimentado com queda de treinador, perda de jogadores importantes e chegadas de reforços de peso, muitos diretores têm perdido o sono com tantos dados das negociações chegando à imprensa.
