O confronto entre manifestantes e a facção organizada do Atlético, ocorrido na noite de sexta-feira passada nas proximidades da Arena da Baixada, levou o clube a lançar duas notas oficiais em seu site. Na primeira, publicada sábado, onde tratou o protesto como um “ataque sem precedentes”, foi só elogios aos rubro-negros que agiram como “milícia” para proteger o patrimônio do clube, o qual passa por reformas financiadas por dinheiro público.
Ontem, divulgou uma “emenda” para agradecer o comportamento da Polícia Militar, cuja ação dispersou a manifestação. “A presença da PMPR inibiu rapidamente os confrontos que aconteceram ao redor do estádio. Caso os manifestantes não fossem contidos, a sede administrativa do CAP seria invadida e os trabalhos prejudicados devido à ação dos vândalos, que certamente quebrariam computadores e destruiriam os sistemas de controles e acompanhamentos técnicos e engenharia das obras”, disse.
Na mesma nota de ontem, o Atlético sugere que a manifestação foi orquestrada por rivais locais – leia-se Coritiba e Paraná Clube. “Após o término dos confrontos, ficou bem caracterizado que os objetivos eram destruir o patrimônio e materializar a inveja e o despeito de torcedores de outros clubes da cidade trasvestidos de manifestantes”, diz trecho do texto no site do clube.
O Atlético avalia que os protestos que acontecem em todo o país, contra as obras para a Copa do Mundo, estão defasados. “O CAP não entra no mérito das manifestações contra a Copa, porém, entende que as mesmas estão cinco anos atrasadas, pois deveriam ter acontecido em 2008 quando foram escolhidas as sedes do evento”, conclui.