Atlético disputa domingo “decisão” com o Cruzeiro

O Atlético viaja hoje para Minas Gerais para, pela terceira vez em sua história, enfrentar o Cruzeiro em uma decisão. A situação, porém, é bem diferente de 1999 e 2002, quando o Furacão entrou em campo em busca dos troféus da Seletiva da Libertadores e da Copa Sul-Minas. Desta vez, a euforia dá lugar à tensão e o confronto vale a permanência na primeira divisão nacional.

Até agora, os adversários deste domingo estão empatados no placar das decisões. Em 1999, o Atlético levou a melhor e voltou para casa com o título da Seletiva e o passaporte carimbado para sua primeira Libertadores. Três anos depois, o Cruzeiro se vingou, superou o Furacão em duas partidas e garantiu o título da Copa Sul-Minas.

O meia Adriano Gabiru vestiu a camisa rubro-negra nas duas finais. Hoje, ele lamenta que o desempate não seja novamente em uma disputa de título. “Estou triste, porque será bem diferente. Com a estrutura e a torcida que tem, o Atlético teria que estar sempre na ponta. São dois clubes que não merecem estar nessa situação”, afirma o antigo ídolo do Furacão, que também defendeu o time mineiro, entre 2004 e 2005.

Conquista

Em 1999, Adriano fazia parte do famoso “quadrado mágico” atleticano, ao lado de Kelly, Lucas e Kléber. O quarteto era coração e cérebro do time que eliminou Portuguesa, Coritiba, Internacional e São Paulo, antes de encarar a Raposa na decisão.

A primeira partida, na Arena, foi decidida pelo atacante Lucas, que balançou as redes três vezes na vitória rubro-negra por 3 x 0. “No jogo de volta, lembro que marquei um gol”, diz Adriano. De fato, foi o Gabiru quem abriu o placar para o Atlético no Mineirão. Depois, Alex Alves marcou duas vezes, o Cruzeiro virou a partida, mas o troféu já tinha lugar reservado na galeria da Baixada.

Revanche

Em 2002, o troco do Cruzeiro veio com duas vitórias na final da Sul-Minas: 2 x 1 na Baixada e 1 x 0 no Mineirão. “Éramos campeões brasileiros, mas o Cruzeiro tinha um time muito forte também. O Sorín desequilibrou”, lembra Adriano. O lateral argentino, que se despedia do país, foi o heroi celeste, com uma atuação impecável na Arena e o gol que selou a conquista na partida de volta, no Mineirão.

Torcida

Nove anos depois, o cenário para o tira-teima é bem diferente. Ao invés do imponente Mineirão, a recatada Arena do Jacaré. E no lugar da disputa por um título, a luta desesperada contra o rebaixamento. “Será difícil, porque quem perder se complica muito. Vai ser uma guerra”, avisa Adriano. “O Atlético precisa tomar cuidado com o Montillo, que joga muito e certamente vai dar trabalho”, alerta.

Apesar das dificuldades, o Gabiru acredita em uma vitória rubro-negra. “Não dá para descuidar da defesa, mas tem que partir pra cima. Contra o São Paulo, o time entrou com três atacantes e conquistou um resultado que trouxe um incentivo muito grande. Será muito difícil, mas vou torcer muito para que o Atlético vença e consiga permanecer na Série A, que é o seu lugar.”

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