A novela envolvendo o atacante Alex Mineiro chegou ao seu fim nesta sexta-feira e o final não foi o esperado pela torcida atleticana, que clamava pelo retorno do herói do título brasileiro de 2001. Após um grande impasse com o Grêmio, o Atlético desistiu do jogador. A negociação estava praticamente acertada, mas o time gaúcho voltou atrás e pediu um valor considerado alto pelo clube da Baixada.
O diretor de futebol do rubro negro, Ocimar Bolicenho, confirmou para a reportagem o término das negociações com o craque. “Criou-se uma novela muito grande em cima disso e vamos dar por encerrado. O que gerou foi uma ciumeira do diretor do Grêmio, o Luiz Onofre Meira. Aquelas coisas que acontecem”, explanou. “Estamos dando por encerrado e vamos partir para o plano B”, complementou.
A última cartada foi uma conversa que o atacante teve ontem com o técnico Paulo Autuori e com a diretoria do Grêmio, que não quis liberar o jogador, apenas mediante pagamento da multa rescisória. “Ele pediu pro Autuori, pro diretor e parece que o Alex discutiu com eles. Isso estava tendo uma proporção sem solução. Já falamos com o Alex hoje de manhã e ele também acha que se não tem solução é melhor que se dê por encerrado. Parece que ele foi ameaçado e só sairia se a multa de R$ 700 mil reais fosse paga”, disse Bolicenho.
O diretor relatou que não há animosidade entre os clubes e caso o Grêmio voltasse atrás na decisão, o Atlético não abriria mão de contar com o jogador. “Isso já é passado, não acredito que a relação esteja estremecida. Todas as tratativas e tentativas foram feitas e infelizmente não deram certo. Se o Grêmio voltar atrás e nos procurar é óbvio que repensaríamos. Nós não vamos procurá-lo”, salientou.
Para finalizar a entrevista, Bolicenho disse o porquê da contratação de Alex Mineiro não ter dado certo. “Qualquer coisa que saia na imprensa pode atrapalhar a negociação. Vazou na imprensa que estava certo e daí aguçou a vaidade do Grêmio. Se não tivesse sido divulgado talvez teria dado certo, mas acho que não era pra acontecer mesmo”.